Mulheres no campo: cresce número de operadoras de máquinas na região de Franca (SP)

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As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no campo e ocupando vagas antes exclusivamente masculinas. Segundo levantamento do Sindicato Rural de Franca, no ano passado 30 mulheres se capacitaram em cursos para operar máquinas agrícolas, ofício até então associado aos homens, devido à complexidade do trabalho. Na lista estão, por exemplo, cursos de operação e manutenção de tratores agrícolas, operação de máquinas de agricultura de precisão (GPS) e o de operação e manutenção de colhedora de café, principal cultura da região. Antes de 2020, a quantidade de mulheres nesse tipo de capacitação, era praticamente irrisória.

Ofertados pelo Senar/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em parceria com o sindicato, os cursos são gratuitos e oferecem boas perspectivas de inserção profissional, graças ao crescimento do setor de máquinas e implementos agrícolas.  O setor vive um bom momento, com produtores rurais mais capitalizados e maior acesso ao crédito. Só na 3ª Alta Café – Feira de Negócios e Tecnologia da Alta Mogiana, que acontece de 21 a 23 de março, no Clube de Campo da Franca, a expectativa é movimentar R$ 150 milhões.

Segundo Camila Neves, responsável pela coordenação dos cursos do Senar, as capacitações acontecem ao longo do ano, em datas programadas. Para ter acesso à agenda de cursos basta entrar em contato no Sindicato Rural de Franca pelo telefone (16) 3720-2444 ou no WhatsApp (16) 99223-6150. “A maioria dos cursos tem duração de três dias, com uma carga horária de oito horas por dia.  A exceção é o curso de tratorista que tem 40 horas e é concluído em uma semana”.

As formações agregam aulas teóricas e práticas, incluindo instruções de aspectos de mecânica, segurança do trabalho e legislação. “O momento é bom para quem busca uma posição na agroindústria e como o mercado está mais exigente, as mulheres ganham espaço pois são mais atenciosas e cuidadosas com as máquinas. Percebo que hoje a resistência ao público feminino é bem menor”, ressalta Luis Carlos Colombini, instrutor de aprendizagem rural do Senar/SP.

“Esse aquecimento de mercado anima as mulheres, que antes se sentiam intimidadas. É gratificante poder ver o sorriso e a satisfação em cada uma no final dos treinamentos”, afirma o professor.

Fonte: Casa da Comunicação Franca