FOLHA TÉCNICA: Maquina podadeira de cafeeiros pode fazer três serviços numa só passada

Imprimir
As podadeiras desenvolvidas, nos últimos anos, podem fazer todos os trabalhos de poda, do tipo esqueletamento ou desponte, de forma mecanizada, em uma única passada do trator, economizando tempo.

As lavouras de café têm sido manejadas com mais podas, especialmente aquelas que visam programar a produção, no sistema safra zero, aplicando esqueletamento ou desponte. Estima-se que mais de 300 mil ha de lavouras são manejadas com essas podas, a cada ano, no país.

No esqueletamento/desponte as plantas recebem o corte da ramagem lateral, dos dois lados da linha de cafeeiros, mais um decote superior, com corte da haste principal, visando reduzir a altura da planta e estimular maior brotação nos ramos laterais/produtivos. O trabalho de poda pode ser feito de forma manual ou mecanizada.

Nas podas de esqueletamento em áreas de montanha, não mecanizáveis, ou em pequenas propriedades, o mais usual é a utilização de equipamento motorizado de operação manual, com pente de poda, podendo ser a mesma máquina usada para derriça de frutos de cafeeiros, com acoplamento do kit de poda, que pode ser o pente para a ramagem lateral e um disco serrilhado, este para corte do tronco mais grosso.

Nas áreas mecanizáveis os equipamentos usuais, tratorizados, para esqueletar/despontar, são compostos por um conjunto de discos de serra circular, de facas triangulares ou de pentes, dispostos em uma haste, que caminha lateralmente, efetuando o corte dos ramos laterais. Primeiro trabalha de um lado, depois do outro lado da linha, finalizando com outra passada, agora com a decotadeira, para o corte alto da haste principal. Neste caso, são 3 passadas e o rendimento observado tem sido o gasto de 5-6 horas por hectare. Uma outra alternativa é combinar implemento de esqueletamento na frente do trator e o de decote atrás. Deste modo, seriam duas passadas.

As podadeiras mais modernas já evoluíram para o trabalho a cavaleiro da linha de cafeeiros, assim podendo fazer o serviço em uma só passada, esqueletando os dois lados e decotando. Esse maquinário, tomando como exemplo a máquina da VN TRE LATI, pode fazer a poda completa de cerca de 4-5 hectares por dia, dependendo da velocidade usada, que pode variar de 1,5 a 3 km por hora, dependendo do volume e dureza da ramagem a ser cortada, devendo ser mais lenta em lavouras mais lenhosas. A máquina da VN possui um sistema de barra atrás, para o decote e 2 barras laterais, munidas, cada uma, de 8 facas, de tipo semelhante daquelas usadas para desengrosso de madeira. Em caso de necessidade de decote de hastes mais grossas pode-se usar discos no lugar da barra, em cima. Essas barras, tanto a de decote como as de esqueletamento, podem ser reguladas em altura e em abertura lateral.

Fonte: Fundação Procafé (Por J.B. Matiello – Eng Agr Fundação Procafé, e J.R Dias, Lucas Franco e Lucas H. Figueiredo – Engs Agrs Fdas Sertãozinho)