Estoque baixo pressiona cotações do café em NY, mas semana deve terminar apenas com ajustes

Imprimir

A oferta mundial continua sendo o fundamento mais importante para a pressão das cotações do café, principalmente na bolsa de Nova York. A semana tende a se encerrar com ajustes técnicos, com a incerteza dos volumes a serem colhidos nos próximos meses no Brasil, e um estoque de passagem baixíssimo.

Nesta quinta-feira, 30, as cotações (maio/2023) se situaram em 169,80, somando (10 pontos) de valorização. Na semana, houve desvalorização de 5% (945 pontos). Já o robusta na bolsa de Londres, encerrou a quinta com leve alta e fecha a semana com 1,23% (27 dólares) de aumento com relação à última sexta-feira (24).

O dólar teve uma semana de oscilações e terminou a quinta-feira com uma queda de 2,92% em relação à moeda brasileira.

No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações do café arábica e do robusta caíram ontem. Os valores se situaram em R$ 1.068,86 por saca e R$ 644,75 por saca, com variação semanal negativa de 4,47% e positiva de 0,70%, respectivamente.

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, diz que “como sempre acontece, a ação que se repete ano após ano no período que antecede a colheita, são vários comentários que abrangem desde o volume a ser colhido até a previsão da safra seguinte. Muitas dessas análises não têm nenhum fundamento técnico. Outras, surgem com alguma base de conhecimento, no entanto, procurando sempre confundir o mercado, o que no passado já chegou até impactar os preços. Porém, hoje os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se aproximam, praticamente não havendo abertura para especulação. Todo o segmento acompanhou a condição climática adversa da safra de 2023 e falar sobre a de 2024 é extremamente sem nenhuma base técnica que justifique, pois se tivermos o mesmo comportamento climático da safra de 2023, continuaremos com oferta limitada do café para o mercado consumidor, seja interno ou na exportação. Devemos ser prudentes e aguardar o momento oportuno para avaliar a safra 2024 já que 2023 está definida”, analisou.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNC