Consumo de cafés especiais no Brasil pode dobrar em 5 anos

Imprimir

Raul destacou que o Espírito Santo é o maior produtor de café robusta (conilon) do Brasil e o segundo maior produtor de café arábica, só atrás de Minas Gerais

Um mercado em alto crescimento. Daqui a cinco anos, 10 em cada 100 brasileiros vão consumir cafés especiais. A estimativa é que o mercado consumidor no país salte dos atuais 5% para 10% – dobre. É o que aponta o fundador da rede de cafeterias Terrafé, Raul Guizelini, que ministrou a palestra “O Mercado de Cafés Especiais no ES”, na Semana Nacional do Café (Coffees), em Vitória.

“A estimativa é que o consumo de Cafés Especiais no Brasil dobre em cinco anos, e o Espírito Santo tem vantagens para se destacar ainda mais nesse mercado. Nosso estado está localizado no Sudeste, próximo aos grandes centros consumidores”, lembrou Raul. Ele explicou que a vantagem geográfica do ES é muito significativa, pelo fato da região produtora de cafés estar próxima à Região Metropolitana, facilitando a logística de entrega.

Com 5% de consumo, o Brasil ainda está muito longe de outros mercados, como os dos países nórdicos (Dinamarca e Finlândia, por exemplo), onde o consumo de Cafés Especiais chega a 70%. “Ainda estamos na fase de aculturamento sobre os Cafés Especiais, ou seja, de apresentação às pessoas, e esse movimento tem que partir das cafeterias, torrefações e marcas de café. Somente quando a gente disponibiliza matéria-prima de qualidade é que conseguimos fazer com que os clientes se apaixonem pelos cafés”, afirmou.

Raul destacou que o Espírito Santo é o maior produtor de café robusta (conilon) do Brasil e o segundo maior produtor de café arábica, só atrás de Minas Gerais. “A cadeia do café têm uma importância fundamental para o Espírito Santo. Ela é a segunda maior cadeia econômica do Estado e a que mais gera empregos. O café ainda tem o diferencial da capilaridade porque alcança o interior, sobretudo a agricultura familiar. O petróleo, por exemplo, que é a maior cadeia do Espírito Santo, se limita aos grandes centros”, comparou.

O fundador da Terrafé destacou, ainda, as perspectivas positivas do mercado. “Estamos em um mercado de alto crescimento. Isso gera desenvolvimento, oportunidades e empregos, e para nós é um privilégio estarmos inseridos na cadeia do café”, diz.

Fonte: ES 360