Consumo de café na Alemanha e China traz oportunidades ao Brasil

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O Brasil é líder mundial absoluto na produção e exportação de café. A princípio, entre os inúmeros mercados atendidos, Alemanha e China apresentam muito potencial. Os dois países podem ser uma janela de oportunidade para os produtores brasileiros do grão. De acordo com o portal Notícias Agrícolas, isso se deve ao aumento do consumo de café nessas nações.

Em primeiro lugar, o Brasil exportou para 106 nações de janeiro a março deste ano, colocando 8,358 milhões de sacas no exterior no período. Isso tudo mesmo com os impasses climáticos que afetaram a produtividade das lavouras brasileiras.

Alemanha

Antes de mais nada, a Alemanha é o segundo principal importador dos cafés do Brasil. O país europeu comprou no primeiro trimestre deste ano 1.098.967 sacas do grão.

Deste montante, 243.879 sacas se tratam de cafés diferenciados. Ou seja, que possuem qualidade superior ou certificados de boas práticas agrícolas, de acordo com dados oficiais do Conselho dos Exportadores de Cafés do Brasil (Cecafé).

Consumo de café

A tendência é que a Alemanha continue sendo um dos protagonistas na compra do grão brasileiro, já que recentemente a Associação Alemã de Café divulgou consumo em nível recorde no país europeu.

Conforme a pesquisa divulgada, o café torrado foi o mais consumido pelos alemães no ano passado, com recorde de 479,7 mil toneladas.

Além disso, o estudo destacou que o consumo fora de casa na Alemanha aumentou aproximadamente 45% em 2022.

Bebida popular

Acima de tudo, a imprensa local informou que o café é, de longe, “a bebida mais popular na Alemanha, à frente da água mineral e da cerveja”.

A pesquisa da Associação também mostrou que uma média de quase quatro xícaras são consumidas pelos alemães. “Em 2021 ainda eram 3,6 xícaras e no ano pré-pandêmico de 2019 eram cerca de 3,5 xícaras”, detalha a publicação.

China 

Agora na Ásia, o que chama a atenção são os números da parceria comercial entre Brasil e China. O relatório mais recente do Cecafé destacou o crescimento de 108,7% no primeiro trimestre de 2022.

Primordialmente, os chineses adquiriram 185.308 sacas do grão. Esse volume representa 2,2% do total exportado e faz com que essa nação salte para o 14º lugar no ranking dos principais destinos dos Cafés do Brasil.

Desenvolvimento

Há alguns anos, o setor exportador de café brasileiro acompanha o desenvolvimento do mercado chinês, inclusive com ações de promoção de imagem em cafeterias do país asiático.

Em outras palavras, o mercado entende que o consumo de café na China é liderado pelos jovens dispostos a experimentar a bebida, ampliando o consumo local.

“O mercado chinês vem crescendo ao longo dos anos e o Brasil vem ocupando espaços. Temos realizado diversas ações de promoção dos nossos cafés em parceria com redes de cafeterias e agentes locais, o que contribui para esse avanço que observamos no mercado sino”, destaca Marcos Matos, diretor geral do Cecafé.

Ótima oportunidade

De acordo com Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, os números neste momento são importantes diante do cenário atual, onde o Brasil tenta ampliar os negócios com a China.

“O café tem uma ótima oportunidade de incrementar muito mais este crescimento, com qualidade, sustentabilidade e competitividade, tendo em vista o potencial cada vez maior do mercado sino e a tendência de mudanças de hábitos de consumo, principalmente por parte dos milhões de jovens chineses”, finaliza Ferreira.

Fonte: HUB do Café e foto de Freepik