Cafeicultores de Goiás iniciam identificação geográfica de suas lavouras
Os produtores contam com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) – Superintendência Federal de Agricultura em Goiás (SFA); e do Governo de Goiás, através da Superintendência de Desenvolvimento Agrário e Fundiário (Sudaf). Warner Barbosa, superintendente da Sudaf, afirmou que o Governo de Goiás empenhará “todo o esforço necessário para que o café produzido em Goiás receba o certificado de identificação geográfica, garantindo ao cafeicultor goiano, condições de concorrência com produtores de outros estados”. Quem está a cargo do projeto é a Universidade de Brasília (UnB).
O primeiro passo é a organização dos produtores e a realização de um dossiê sobre os aspectos técnicos, depois a criação de um Regulamento de Uso – conjunto de regras a serem seguidas pelos cafeicultores, e um Conselho Regulador, para verificar o cumprimento das normas estabelecidas. Segundo o professor e engenheiro agrônomo, Reinaldo José de Miranda Filho, a Faculdade UnB de Planaltina – FUP desenvolve ações que podem contribuir no processo de busca pela IG para o café goiano. “Pesquisadores e estudantes da UnB deverão contribuir na caracterização do Regulamento de Uso, bem como, no apoio à organização do dossiê, a partir de informações e de material acadêmico produzido nas ações de pesquisa e extensão e na troca de saberes com os produtores de café, que buscam o IG como alternativa de valorização de seus produtos”, afirma.
Outro aspecto importante é a definição das localidades sob jurisdição do registro, com condições climáticas que resultam em um produto característico, reconhecido pela homogeneidade. “Existem dois tipos de indicação geográfica, a Indicação de Procedência e a Denominação de Origem, esta segunda pode ser atribuída a sua origem geográfica e com base no levantamento de dados e organização das informações referentes ao universo de propriedades proposto, a ser realizado com o apoio de pesquisadores da Universidade de Brasília, teremos possibilidade de dialogar com fundamentação técnica quais regiões e produtores de Goiás poderão ser incluídos na IG”, esclarece Reinaldo.