Café robusta se valoriza bastante por demanda e dólar e tira distância de preço do arábica

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A alta do café robusta em Londres, mostrando demanda, mais o dólar forte no Brasil, estão trazendo para cima a saca no mercado físico. O arábica em elevação em Nova York é o fator adicional a sustentar os preços da variedade também conhecida por conilon. A saca já foi cotada hoje (27), na região produtora do Espírito Santo, a até R$ 290,00, derrubando bem o ágio que o separa do arábica, comercializado em torno dos R$ 310,00.

Em geral, com o dólar mais valorizado no Brasil, a bolsa caia. Mas com a procura pelo conilon no mercado os futuros vão se mantendo, segundo Edimilson Calegari, gerente comercial da Cooabriel, uma das principais cooperativas produtoras. A explicação está, por tabela, na valorização do arábica, com expectativa de menor produção no Brasil.

Na segunda, o arábica em Nova York subiu 150 pontos e nesta terça está mais 15 de alta, no contrato dezembro (97,65 c/lp).

Além do mercado interno aquecido, o externo está comprador. Calegari lembra que no mês passado o Brasil exportou 500 miil sacas aproximadamente de robusta, visto com um bom número.

“A procura pelo robusta tem sido maior para aumentar o blend”, analista diz.

Usado mais para mistura, acentuando mais volume, a variedade entra em maior quantidade porque as indústrias diminuem o volume do arábica.

Com a colheita concluída e o grosso da oferta já desovado pelos produtores, os detentores do café estão segurando também às vendas – tirando oferta maior do mercado. Esse é um fator considerável para o analista Marcus Magalhães, da Marus.

A Cooabriel, sediada em São Gabriel da Palha (ES), já recebeu 1,620 milhão de sacas nesta safra, 30% superior a todo o ciclo passado. E deve concluir o recebimento em 1,7 milhão, o que reafirma as boas expectativas para a variedade sempre tida como de baixa qualidade.

Beba robusta
Através de um intenso trabalho de qualidade, o Conilon de Excelência, a cooperativa dos cafeicultores da zona produtora capixaba partiu para uma marca própria de café, vendido torrado e moído, o Guardião. 100% robusta.

Nessa frente aberta, os produtores querem ver cada vez mais a variedade sendo bebida pura e não apenas misturada.

A campanha está fazendo sucesso e abre uma válvula de negócios direto com o consumidor, sem precisar passar todo o volume produzido pelas indústrias compradoras.

Fonte: Money Times (Por Giovanni Lorenzon)

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