Colômbia: redução de 39% nas importações de café
A produção de café na Colômbia segue dando mostras de recuperação. Pelo menos, é assim que veem os diretores do Comitê de Cafeicultores de Caldas diante da redução de 39,1% nas importações do grão entre janeiro e abril passados.
Segundo relatórios do Departamento Administrativo Nacional de Estatísticas (DANE) da Colômbia, durante os primeiros quatro meses do ano, as importações de café somaram US$ 63,8 milhões frente aos US$ 104,7 milhões no mesmo período de 2012. Em volume, a redução foi de cerca de 200 mil sacas de café importadas.
Eugenio Vélez Uribe, membro principal por Caldas do Comitê Nacional de Cafeicultores, disse que o resultado é positivo, pois mostra que a produção melhorou.
No entanto, explica que, apesar de muitos críticos dizerem que as compras externas afetam os produtores nacionais, vale recordar que são necessárias, já que quase toda a produção de café da Colômbia é exportada e não é destinada ao consumo interno.
“O nosso consumo se abastece dos subprodutos, pois se quiséssemos consumir o mesmo café exportado, teríamos que pagar preços mais altos. Importar é uma necessidade e não creio que afete aos produtores, mas sim, mostra uma produção melhor”.
O presidente do Comitê Departamental, Marcelo Salazar, ressalta que as importações de café pela Colômbia de outras origens de café arábica têm sido legais e não afetam os produtores de café. Além de serem necessárias para abastecer o consumo interno que está entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de sacas por ano.
“O ideal seria que a produção fosse suficiente para exportar o necessário e para o consumo do país, mas lembremos também que a produção colombiana não supre a necessidade de consumo interno de café arábica. É importante esclarecer que as importações legais são somente de café arábica, não de café robusta”, disse Salazar.
A redução nas importações se complementa com os aumentos na produção e as exportações de grão, de 35% e 28%, respectivamente, segundo registros da Federação Nacional de Cafeicultores no primeiro semestre. Dessa forma, a produção passou de 3,6 milhões de sacas no período de janeiro a junho do ano passado para 4,9 milhões de sacas no mesmo período desse ano. Além disso, as vendas externas do primeiro semestre aumentaram de 3,4 a 4,3 milhões de sacas. A reportagem é do Lapatria.com, traduzida pelo CaféPoint.
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