Turismo e cafeicultura: conheça a Rota do Café Verde, no Ceará

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O café, ao longo do tempo, se tornou mais do que um produto. Virou parte importante da identidade das regiões por onde passou. No Ceará, mais especificamente no Maciço de Burité, o grão foi introduzido no ano de 1820, quando as primeiras mudas foram plantadas pelas mãos do fazendeiro Manoel Felipe Castelo Branco. A adaptação ao solo foi positiva devido à altitude e ao clima mais ameno. No século XIX, era do estado que saía todo o café brasileiro exportado para a Europa, Dom Pedro II até mandou fazer uma ferrovia para escoar a produção, por volta de 1880.

O Maciço é uma área de proteção ambiental de mais de 32.600 hectares de terra. Nessa região, ficam localizados quatro municípios que compõem a Rota do Café Verde, projeto capitaneado pelo SEBRAE para estimular o desenvolvimento territorial sustentável no local. São eles: Guaramiranga, Mulungu, Pacoti e Baturité.

Cafeicultura na Rota do Café Verde

Na região, se pratica a técnica do Café Sombreado, assim chamado, pois as mudas são, literalmente, plantadas às sombras da mata. Elas ficam protegidas dos raios intensos do Sol, o solo, então, permanece rico em nutrientes, adubado com a própria palha do café e umedecido pelas folhas das árvores, principalmente, das ingazeiras.

A cafeicultura da Rota é conduzida por pequenos produtores, de forma tradicional e artesanal, dentro de um sistema sustentável capaz de gerar, simultaneamente, preservação ambiental, emprego e renda. Além do grão, o destino possui uma série de pontos turísticos ligados à história do fruto na região. Confira abaixo:

Museu Ferroviário de Baturité

Inaugurada em 1882, no Reinado de D. Pedro II, a Estação Ferroviária de Baturité representa a importância econômica da região por onde a produção agrícola, principalmente, a cafeicultura, tinha seu destino garantido à capital Fortaleza. O visitante pode admirar a arquitetura do prédio, conhecer imagens e relíquias das primeiras décadas do século XIX. No pátio, é possível encontrar trilhos centenários e um trem “maria-fumaça”, típico da época.

Sítio São Roque

Referência no cultivo do café arábica sombreado, proporciona aos seus visitantes o contato direto com todo o processo de beneficiamento do grão, desde o plantio até a torragem e degustação. No Sítio, é possível realizar trilhas ecológicas, conhecer a fábrica de café, o casarão, cuja arquitetura do século passado é plenamente mantida, cercada de jardins e pela Capela, onde a comunidade local costuma se reunir para comemorar os festejos religiosos.

Fazenda Floresta

Situada em Pernambuquinho, distrito de Guaramiranga, tem suas origens no Século XIX. A propriedade possui um circuito guiado, onde os processos de produção na cafeicultura: banco de mudas, cafezal e beneficiamento do café, podem ser acompanhados integralmente. O local preza pela sustentabilidade como a prática de aproveitamento de resíduos e confecção de embalagens ecológicas.

Vale da Biodiversidade

O Vale da Biodiversidade oferece uma experiência múltipla com informações agroecológicas e visitas guiadas pelas plantações. A propriedade conta com certificação orgânica vegetal e opções de produtos processados com degustação aos visitantes.

A Rota do Café Verde mostra que o Ceará oferece muito mais além das praias. (Com informações do SEBRAE)

Fonte: Jornal do Café (Por Usina da Comunicação)