OIC não altera previsão de produção mundial para a safra 2013/14 de café

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A produção global de café para o período 2013/14 é estimada em 145,8 milhões de sacas, ligeiro aumento de 0,5% sobre a temporada anterior, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). A entidade não alterou sua previsão, apesar da seca e do calor que afetaram a produção brasileira.

O Brasil vai iniciar a safra 2014/15 em abril, com uma produção provisoriamente projetada para 48,34 milhões de sacas (último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento, divulgado em janeiro). Entretanto, a estimativa não levou em conta as perdas com a seca e com o calor excessivo nas áreas produtoras.

De acordo com Peter Baker, cientista da CABI, a estiagem provavelmente vai afetar de forma mais intensa o sudoeste de Minas Gerais, responsável por grande parte do cultivo de café no Estado.

O déficit total de chuvas no primeiro bimestre do ano é de aproximadamente 500 milímetros e é improvável que tenha havido evento tão severo como este desde pelo menos 1950.

Na América Central, uma estimativa atualizada da Promecafé sobre os danos da ferrugem sobre a safra 2013/14 sugere que os efeitos podem não ser tão ruins como previsto anteriormente.

Na Colômbia, a produção em fevereiro deste ano alcançou 874 mil sacas, 40% a mais que no mesmo mês de 2013. Isso traz a produção dos últimos doze meses para 11,3 milhões de sacas, mostrando a recuperação da safra.

As exportações globais de café em janeiro de 2014 somaram 8,7 milhões de sacas, 8,4% menos que no mesmo mês do ano passado. Os embarques de robusta foram 17,2% menores, com as vendas externas de Vietnã e Indonésia limitadas, apesar da grande colheita esperada para este ano-safra.

Se os preços do café continuarem a subir, é provável que mais grãos sejam disponibilizados no mercado. Embarques da América Central também foram em torno de 10% mais baixos, enquanto as exportações de arábicas colombianos tiveram significativo aumento de 23,4%.

Os estoques certificados de café robusta na bolsa de Londres diminuíram ainda mais, para cerca de 404 mil sacas, o menor nível registrado pela OIC, enquanto os estoques de arábica no mercado de Nova York têm mantido um nível de cerca de 3 milhões de sacas.

Fonte: Valor Econômico

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