Nova medida tenta garantir qualidade do café consumido no Brasil

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O cafezinho consumido no Brasil deverá ter o mesmo sabor e a mesma qualidade do produto que é destinado à exportação. Novas exigências do Ministério da Agricultura passam a valer a partir desta terça.

Para ser exportado, o controle de qualidade acompanha o café da lavoura até a indústria. Se não não passa pelos provadores. Agora, uma nova norma do Ministério da Agricultura exige que a bebida consumida aqui tenha o mesmo padrão de qualidade do produto de exportação.

Como o café é torrado e moído, fica difícil para o consumidor saber só pelo pó exatamente o que está comprando. Por isso, o Ministério da Agricultura vai ficar de olho no que as torrefações fazem antes de chegar a este ponto.

O principal alvo da fiscalização é o controle de impurezas que, a partir de agora, não podem passar de 1%.

A medida vai combater uma fraude antiga. O classificador de grãos Adriano Reis mostra o que mesmo depois de beneficiado, o café tem pedaços de pau, pedras e casca.

"Esse café aqui tem mais de 80% de impureza. Tem indústria que torra isso aqui e põe no mercado".

"Esses defeitos são gosto de terra, palha, fermentação, ardido", lista o provador de café Luciano Agostini.
 
Mas será que só os profissionais percebem a diferença? Fizemos o teste numa cafeteria, com dois tipos de café preparados com a mesma receita. O da primeira garrafa tem 10% de rejeitos. O da número dois, com menos de 1% de impurezas, como manda a lei:

Repórter: A senhora prefere qual?
– O número dois.
Repórter: Por quê?
– Ele é mais saboroso.

"Ele tem mais gosto de café. Sente mais o aroma. É bem mais café".

"O dois eu achei mais forte, mais saboroso, mais gostoso, mais apetitoso, prefiro o número dois", declarou a diarista Maria Helena Garcia.

O especialista Alselmo Magno de Paula lembra que o respeito ao consumidor vai muito além de uma questão de gosto.

"A gente não pode esquecer que o café é um alimento. Um café de qualidade superior traz mais nutrientes que um café de baixa qualidade".

Fonte: Jornal Nacional 

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