No México, o tempo mais seco desde janeiro traz grandes preocupações para o ciclo atual. De acordo com informações da imprensa local, muitos produtores estimam quebra de até 30%. Os dados fazem parte do relatório do Sindicato dos Produtores Independentes de Café do México, que alertou que a falta de chuva já coloca em risco pelo menos 80% das lavouras de café, sobretudo as que estão localizadas no sul do estado.
De acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o país ocupa a 6ª posição na produção de arábica e aparece em 10º na produção global de robusta. Quando o assunto é exportação, o país aparece em 8º, gerando receita de US$ 433,8 milhões.
De acordo com Ismael Gómez, com as condições atuais a produção no sul do México não deve ultrapassar as 500 mil sacas. “A maioria dos produtores tem até um hectare e meio, mas a grande maioria tem um hectare e subsiste do seu produto”, informou à imprensa local.
Assim como outras origens produtoras, o México também compra bastante café do Brasil para atender o mercado interncional. Os números mais recentes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), no primeiro trimestre deste ano o México lidera o ranking de importação de café verde (in natura) entre os países produtores.
O relatório mostra que o país importou 286.545 sacas, alta de 998,9% sobre o período de jan-mar de 2023 ( 26.076 sacas). No ranking geral, México é 9º principal parceiro dos cafés do Brasil de janeiro ao fim de março deste ano, adquirindo 317.360 sacas de todos os tipos de café, alta de 721,47% sobre o primeiro trimestre de 2023 (38.633 sacas).
O país mexicano é muito forte na indústria solúvel e atende importantes mercados mundo afora, como por exemplo os Estados Unidos – principal consumidor de café do mundo.

