Mercado global busca saídas após estiagem no Brasil que prejudicou colheitas

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Segundo o portal americano especializado em economia, Businessweek On Line, o valor mercadológico do café saltou mais de uma década, acompanhado pela pela soja, que atingiu o seu maior índice desde dezembro, além do açúcar, cuja cultura foi castigada com a falta de chuva no Brasil, maior exportador dos produtos no mundo. A reportagem destaca uma entrevista com David Streit, um meteorologista agrícola da Commodity Weather Group. Ele esclarece que as regiões no Brasil são responsáveis por 75% do crescimento dessas mercadorias, atingidas pela maior estiagem registrada no país, desde o ano de 1954.

Os preços do café arábica subiram 40% em 2014, assim como as perdas na produção de alta escala em diversos estados brasileiros, que pode ser de até 30%, de acordo com as estimativas de um grupo dos maiores agricultores e que foram citados na matéria do Businessweek. Meteorologistas reduziram as suas perspectivas quanto a safra da soja. Os resultados desse ano podem aumentar as despesas para a Starbucks Corp (SBUX), maior rede de coffee-shop, e também os custos do açúcar para a Krispy Kreme Doughnuts Inc. "O Brasil é como um poço de energia nesses mercados, e qualquer tipo de evento adverso afetará essas commodities de uma maneira significativa", disse Michael Smith, presidente da T & K Futures & Opções em Port St. Lucie, na Flórida. "Os especuladores têm pegado carona com essa seca brasileira".

O café arábica para entrega em maio subiu 8,8% em comparação a 1,5485 dólares por libra nesta terça-feira (18), na ICE Futures, em Nova York, após uma afluência de cerca de 10%, o maior ganho intraday (dentro de uma mesma sessão) desde novembro de 2004. Os preços atingiram 1,5665 dólares, o mais alto para um contrato mais ativo desde janeiro de 2013.

A reportagem diz ainda que o clima global extremo também está ameaçando outras culturas, como a colheita de cacau na Indonésia, enquanto que as temperaturas de congelamento podem ter danificado o trigo nos EUA. O Índice de Agricultura (GSCI) recuperou 5,6% esse ano, depois de uma queda de 22% em 2013, que foi o maior desde 1981.

O óleo de palma avançou 0,7%, para 2.734 ringgit (827 dólares) a tonelada, em Kuala Lumpur, atualmente o maior desde setembro de 2012. Futuros reuniu 28% a partir de um mínimo de três anos, como saída na Indonésia, que caiu no ano passado em comparação a uma safra de soja menor no Brasil, o quadro pode reduzir a oferta global de óleo de cozinha.

Nos últimos 30 dias, a precipitação foi de apenas 1 polegada (2,54 centímetros) na maior parte das regiões de cultivo do Brasil, ou 88% abaixo do normal, de acordo com o Commodity Weather Streit. As especulações sobre 11 produtos agrícolas foram responsáveis pelo salto de 30% em fevereiro no seu valor mais alto desde o final de outubro, segundo os dados do Commodity Futures Trading Commission. A posição líquida do café subiu 97%, para 15.728 contratos, o maior desde setembro de 2011. Fundos de hedge estão segurando a primeira posição líquida-alta do milho desde junho e têm aumentado a sua perspectiva para um comício da soja.

Mercadorias de Mato Grosso e Paraná, maiores produtores de milho e soja do Brasil, receberam menos de 60% da precipitação normal nos últimos 90 dias, segundo os dados do World Ag. O AgRural, nesta semana, reduziu sua previsão de safra de soja do Brasil para 87 milhões de toneladas métricas de 88,8 milhões. A soja para entrega em maio chegou a 13,4925 dólares por bushel na Chicago Board of Trade, nesta terça (18), o maior para um contrato mais ativo desde 10 de dezembro. Os preços avançaram 1,7% ontem e subiu 4,2% este ano. Milho caiu 0,2%, para 4,545 dólares por bushel, na terça (18), depois de tocar 4,5575 dólares ontem, o nível mais alto desde 30 de setembro.

Futuros do suco de laranja foi para 0,5%, para 1,4365 dólares por libra na ICE, em Nova York. Os preços são até 15% nos últimos 12 meses. O Brasil é o maior produtor de citros do mundo. "É tudo um jogo de tempo", disse Jerry Gidel, analista-chefe em alimentação da LLC Dairy, em Chicago. Em Minas Gerais e São Paulo são os lugares em que há maior procedência do citros, café e açúcar, por isso as culturas têm sido impactadas pelo clima no último mês.

A previsão de entrega de açúcar para maio ganhou 3,2%, para 16,5 centavos de dólar por libra no ICE. O adoçante mobilizou 12% desde janeiro. Em Nova York, o cacau para entrega em maio caiu 0,3%, para 2.959 dólares a tonelada em ICE, após atingir 2,985 dólares, o maior desde setembro de 2011. As fortes chuvas estão ameaçando culturas na Indonésia, o terceiro maior produtor. A demanda mundial vai superar suprimentos nesta temporada e no próximo, diz Macquarie Group Ltd.

O trigo para entrega em maio permaneceu inalterada em 6,075 dólares por bushel em Chicago, depois de ganhar 1,9%, nesta terça. Mais com o inverno no Texas, os grãos foram avaliados em condição ruim ou muito pobre a partir de 16 de fevereiro, em comparação a uma a semana anterior, em meio a clima frio e seco, de acordo com as previsões dadas pelo Departamento de Agricultura do Estado, na terça (18).

Fonte: Jornal do Brasil

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