Florada se abriu com calor e baixa reserva de água no solo, diz especialista
De fato, o déficit hídrico no solo este ano nos cafezais bateu recorde, confirmou o também agrônomo Éder Ribeiro dos Santos, coordenador de Geoprocessamento da Cooxupé, no mesmo evento. “Armazenamento de água no solo baixo, temperaturas elevadas e poucas precipitações contribuem para essa condição”, confirmou. “O florescimento ocorreu em situação de temperaturas máximas muito altas e déficit hídrico extremamente elevado.”
Ainda segundo Carvalho, outra questão que deve prejudicar a próxima safra é que os cafezais vêm de safra cheia no ano passado, o que exige muito das plantas. “Em 2019 houve a ‘bienalidade alta’ (na qual os cafezais produzem mais em relação ao ano anterior)”, explicou. “Para agravar a situação, nos últimos dez meses as chuvas caíram em níveis muito baixos, menores do que a metade da média histórica; isso maltratou muito as plantas”, continuou. “Esse quadro é irreversível e preocupante e com certeza afetará a produção a ser colhida em 2021”, disse.
Confira evento no vídeo abaixo:
Fonte: Estadão Conteúdo (Por Tânia Rabello)