Fertilizante de liberação lenta de nitrogênio é desenvolvido

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Um produto inédito, batizado de fertilizante inteligente, pode criar um novo paradigma para o agronegócio do Brasil. Desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, o fertilizante tem o objetivo de substituir os atuais fertilizantes solúveis, como a ureia.

De acordo com o professor Antônio Salvio Mangrich, coordenador da equipe, a grande diferença é que o novo fertilizante é misturado com argila, o que facilita a sua fixação no solo e evita o desperdício por lixiviação. A mistura não evapora porque suporta até 150ºC sem se degradar e vai sendo diluído aos poucos pela água da chuva e da irrigação. O produto deve chegar ao mercado em dois anos.

Como o novo fertilizante não é solúvel, há dois benefícios principais: econômico e ambiental. Ele vai custar a mesma coisa do que a ureia, mas vai fixar nas plantas todo o nitrogênio adicionado, sem perdas por causa de evaporação ou chuva. Pelo mesmo motivo (a estrutura diferenciada), ele não vai escorrer para os rios e córregos, evitando a geração de danos ambientais.

A ureia, por exemplo, que é o fertilizante nitrogenado mais usado na agricultura, chega a perder de 60% a 70% com a lixiviação ou por evaporação do calor por ser solúvel. Uma das principais fontes de poluição de água no mundo são os fertilizantes nitrogenados que são lixiviados para lagos, rios e lagoas, tomando todo o oxigênio da água e causando a mortalidade dos animais, como peixes. Eles acabam tornando estas águas praticamente improdutivas e isto não ocorre com o nosso fertilizante – explica o professor.

Fonte: Jornal de Uberaba

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