Encontro apresenta casos de sucesso de Mulheres no Agronegócio

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painel-rede-social-cccmg-01Elas são mulheres que encontraram obstáculos pelo caminho, arregaçaram as mangas, encararam os desafios e conquistaram muitas vitórias e sucesso no mundo do agronegócio. O 1º Encontro das AgroMulheres foi promovido pelo Portal AgroMulher e fez parte da programação dessa quarta-feira (17/05) da Expocafé. “Quando temos consciência da nossa capacidade e aonde queremos chegar, conseguimos vencer as barreiras com resiliência e determinação”, afirma a engenheira agrônoma e consultora Miriam Xavier. Ela saiu de casa aos 15 anos para estudar e se tornou a primeira presidente mulher da AgroPlan, empresa júnior de agronomia vinculada à Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A cafeicultora Carla Machado produz cafés especiais, valorizados pelo mercado e comercializados para redes internacionais de cafeterias especializadas em cafés gourmets. Atualmente, quem a vê à frente dos negócios não imagina que a fazenda era somente um lugar de passeio. “Com a morte súbita do meu pai, deixei o meu trabalho de professora e assumi os negócios. Passei alguns apertos, não conhecia o maquinário, os processos, mas crescemos com as dificuldades e elas foram fundamentais para o sucesso que alcançamos hoje”, acredita. Com o apoio do marido e dos colaboradores que vestiram a camisa do seu projeto, ela comanda a produção de café em 74 hectares de lavouras, no município de Três Pontas. “A luta da mulher para conquistar e manter seu espaço é constante, mas eu acredito no que faço”.

Iandra Vilela ocupa hoje a função de coffee hunter da Cocatrel, cooperativa de cafeicultores do município de Três Pontas. Sua função é, literalmente, caçar (e achar) cafés especiais, visando à exportação. Formada em nutrição e trabalhando na rede municipal de educação em Ilicínea com o Programa Nacional de Alimentação Escolar, que compra alimentos da merenda escolar da agricultura familiar, ela percebeu a diferença no tratamento dado a homens e mulheres. “A mulher está sempre presente nas atividades da agricultura familiar; mas na hora de emitir a nota fiscal, o documento é tirado em nome do marido ou do pai”, explica. A cafeicultura não era a sua área, mas aceitou o desafio de tocar a fazenda de café junto com o marido, que já atuava no ramo. “Corri atrás das informações, fiz cursos, investi no conhecimento, procurei me aproximar da minha equipe de colaboradores, especializei-me em cafés diferenciados e estou há um ano na área de cafés especiais da cooperativa”.

Cafés especiais também é o ramo da administradora de empresas Lidiane Ferreira. Bancária por seis anos, ela tinha contato com cafeicultores por meio das linhas de financiamento, que oferecia aos produtores. Foi por meio do marido, classificador e degustador de café, que ela entrou em contato com o mundo dos cafés especiais e partiram, juntos, para o desafio de abrir uma cafeteria em Três Pontas. “Todo o café tem uma história, que vai desde o plantio até a xícara e o nosso espaço foi desenvolvido para oferecer uma nova experiência na degustação da bebida, numa terra que respira café”, afirma.

Seja como consultora de agronegócio, gerenciando uma cafeteria gourmet, à frente da propriedade de cafés especiais ou como “coffee Hunter”, aquele profissional que sai à procura de cafés gourmets para colocar no mercado, elas mostraram que adeterminação, coragem e persistência foram fundamentais para vencer o preconceito e alcançarem a realização profissional, mantendo sonhos e planos para de crescimento para seus negócios.

Fonte: Imprensa Expocafé

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