Dólar fecha a R$ 1,72; BC dobra dose de intervenções no mercado

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O mercado de câmbio doméstico confirmou a tendência de baixa dos preços já pelo oitavo dia consecutivo, apesar de, pela terceira vez, o Banco Central ter promovido dois leilões para comprar moeda: o primeiro às 12h30, quando aceitou ofertas por R$ 1,7190 e o último às 15h33, quando tomou dólares pela cotação de R$ 1,7187 (taxa de corte).

A autoridade monetária não informa imediatamente a quantia adquirida nesses eventos. Na próxima semana, o BC atualiza as estatísticas com o montante total de suas intervenções no mercado à vista.

No final das operações do dia, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,721, em queda de 0,11% sobre o fechamento de ontem. Durante o expediente, a moeda americana chegou a ser vendida entre R$ 1,723 e R$ 1,717. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em por R$ 1,840.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 0,10%, aos 66.689 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,89 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,52%.

Operadores salientam a capitalização da Petrobras, com seu potencial para trazer mais dólares para o país, mantém o dólar em queda nas últimas semanas. Mas o mercado já notou a retomada de captações externas por outras empresas.

[Reportagem da Folha mostrou que as empresas brasileiras já captaram mais de US$ 6 bilhões no mercado externo, somente na primeira semana após o término do período de férias no hemisfério norte. Além da Vale, que obteve US$ 1,75 bilhão no exterior, o BNDES abriu uma captação de US$ 1,3 bilhão. Também emitiram bônus a Odebrecht (US$ 500 milhões) e a Oi (US$ 1 bilhão). A Embraer conseguiu US$ 1 bilhão numa operação junto a 25 instituições financeiras estrangeiras, enquanto a Suzano e a JBS conseguiram US$ 500 milhões e US$ 300 milhões, respectivamente.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas chegaram a subir com força ao longo do dia, mas encerraram o pregão praticamente estáveis na maior parte dos contratos.

Ontem, o IBGE apontou uma inflação de 0,04% em agosto, conforme leitura do IPCA, a menor taxa para este mês desde 1998. Nos 12 meses, a inflação acumulada é de 4,49%, a mais baixa do ano.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista foi mantida em 10,62% ao ano; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada permaneceu em 10,66%. E no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,29% para 11,30%.

Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

Fonte: Folha Online

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