Dólar alto compensa quebra de safra e garante ganhos com café

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Num cenário de ajustes de preços, a alta do dólar deve contribuir para manter elevados os ganhos dos exportadores nacionais de café em 2015. De acordo com a consultoria safra & Mercado, em 2014 a quebra de safra de 20% foi compensada pela disparada de preços da commodity no mercado internacional. Este ano, os preços estão em fase de ajuste, mas a queda de receita será compensada pela valorização do dólar frente ao real. "Em 2014, a libra peso do café chegou a ser negociada a US$ 2,25 na Bolsa de Nova York, valor médio mais que o dobro do que foi registrado em 2013, com a cota- ção média do dólar em R$ 2,60. Agora, em março, a libra peso de café está cotada em US$ 1,40, mas o dólar está em R$ 3,20. Ou seja, o dólar será uma variável importante no mercado nacional de café", afirma Gil Barach, consultor associado da Safras & Mercado. O Brasil exporta 60% de sua produção.

De acordo com levantamento realizado pelo Conselho Nacional do Café (CNC), em parceria com a Fundação Procafé, este ano está prevista uma queda de 5% a 11% na produção brasileira por causa da seca, com previsão de colheita entre 40,3 milhões a 43,2 milhões de sacas de 60 kg. Em Minas Gerais, principal estado produtor, a estimativa é de atingir uma produção de 21,5 milhões a 22,9 milhões de sacas, podendo repetir o volume registrado em 2014, graças à recuperação ocorrida na Zona da Mata mineira.

"A severa Estiagem que as regiões produtoras de café enfrentaram ao longo de 2014 e em janeiro de 2015 é um evento inédito na história da Cafeicultura brasileira. Várias regiões do planeta enfrentam o problema da escassez hídrica e a atual imprevisibilidade do clima afeta em demasia o planejamento econômico-financeiro dos produtores. Além das perdas quantitativas e qualitativas nas lavouras, notamos o expressivo aumento da volatilidade do mercado, que prejudica principalmente o setor produtivo", diz Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC, mencionando que a entidade está negociando com o Ministério da Agricultura para que as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) sejam disponibilizadas aos produtores e suas cooperativas para compensar parte dos prejuízos decorrentes da menor produtividade.

Segundo a CNC, Minas Gerais pode registrar queda de 5% na produção ou alta de 1,3%, dependendo do clima. Já o Espírito Santo, segundo maior produtor brasileiro, vai registrar queda (de 15,6% ou de 21,9%), com produção de 10 milhões de sacas, assim como São Paulo e Bahia, com reduções de pelo menos 15% e 11%, respectivamente. Os quatro estados representam 89,9% das receitas brutas de café do país. "Mas, mesmo nesse cenário, o Brasil produzirá um volume de café que, somado aos estoques, será suficiente para honrar seus compromissos de exporta- ção e de abastecimento do mercado consumidor interno", ressalta o presidente do CNC.

De acordo com Organização Internacional do Café (OIC) este ano está previsto um novo déficit na oferta de café no mercado mundial. De acordo com a entidade, o consumo global do grão em 2015 será de 151,9 milhões de sacas de 60 kg, enquanto a oferta será de 142 milhões de sacas. A OIC prevê uma quebra de 3,2% na safra de café e um aumento de consumo de 2% este ano em relação a 2014.

Em 2014, a produção brasileira de café registrou uma receita bruta de R$ 16,1 bilhões, contra um total de R$ 12,9 bilhões em 2013. Vale reforçar que, em 2012, o montante alcançado fora de R$ 17,5 bilhões. Ainda não há uma estimativa sobre o resultado deste ano, contudo é esperada uma leve alta em relação ao resultado de 2014. Na cooperativa de Cooxupé, localizada em Guaxupé (MG), apesar da queda de 20% prevista na produ- ção deste ano, os produtores estimam uma receita de R$ 2,9 bilhões contra um total de R$ 2,5 bilhões em 2014. "É difícil fechar números por causa das oscilações do mercado internacional, mas os preços continuam atrativos e o dó- lar vai compensar as perdas. Mas após dois anos de seca, nossa maior preocupação é com a produtividade dos cafezais em 2016", disse Costa.

Fonte: Brasil Econômico

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