Curso do Senar vai ajudar Associação de Cafeicultores de Araponga na Classificação do Café
Um dos participantes é o vencedor nacional do 27º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso, o cafeicultor Raimundo Dimas Santana, que também é o presidente da associação. A família dele está há mais de 20 anos na cafeicultura e ele, há cinco.
“Nós nos associamos para ter mais força e para buscar mercado para o nosso café. Queremos saber qual o produto que estamos vendendo. Vamos saber o padrão, a qualidade, o que ele tem de característica intrínseca das Matas de Minas, o que sobressaiu nele. E essa qualidade vem do bom trato desde o pé”, destacou.
Entre os temas abordados no curso, ministrado pelo instrutor Marcos Reis, estão a classificação do café por tipo, pelas características físicas de qualidade, por características da bebida, diferenciando os diversos aromas e paladares e o reconhecimento dos aspectos referentes ao preparo e armazenagem dos cafés gourmets e/ou especiais, utilizando modelos padronizados por certificadoras.
Após esse treinamento, os associados já pensam em fazer outras qualificações, como de Torra e de Classificação de Cafés Especiais. “Teremos a propriedade de dizer se o produto é bom, qual o preço. É mais fácil para negociar quando você sabe o que está produzindo. Isso tinha que ser obrigatório. É um diferencial”, disse a cafeicultora Andreia Miranda.
Prêmio Illy
Raimundo Dimas Santana viajará com os outros vencedores para Nova Iorque em outubro para participar do 3º Prêmio Ernesto Illy Internacional. A premiação internacional reunirá 27 cafeicultores selecionados de nove países que fornecem grãos para a illycaffè. “Só em um ano não fomos finalistas, mas não desistimos. Melhoramos o processo e a qualidade. É preciso estar sempre monitorando a qualidade ao longo de todo o processo”, contou.
Na categoria regional, a torrefadora italiana concedeu prêmios a Raimundo Dimas Santana e à integrante da ASCA, Simone Aparecida Dias Sampaio Silva, de Araponga. Simone também é assistida pelo Senar Minas no programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café), que busca ajudar os produtores a vencer desafios a partir da transferência de tecnologia associada à consultoria gerencial.
Fonte: Assessora de Comunicação – Regional Viçosa (Por Nathalie Guimarães)