Cosméticos a base de café são lucrativos

Imprimir

Três Pontas. Preto, quente e na xícara, todo mundo sabe que ele é ótimo. Já os benefícios que o café traz para a pele e para os cabelos é algo que a indústria de cosméticos tem descoberto e investido recentemente. E o negócio já se comprovou lucrativo. Na sexta geração de uma família cafeicultora da região de Três Pontas, Sul de Minas, Vanessa Vilela, 34, apostou na matéria-prima e criou a primeira marca de cosméticos feita exclusivamente a base do café: a Kapeh.

Ela começou há cinco anos, com sete produtos, em 40 pontos-de-venda. Hoje, já são mais de cem itens no mix – entre sabonetes, hidratantes, esfoliantes, champus, perfumes – vendidos em 250 lojas multimarcas em 18 Estados do Brasil. E a Kapeh está prestes a virar franquia. "Este é um projeto para este ano ainda, já temos uma lista com 200 interessados", adianta Vanessa.

Os produtos da Kapeh também já estão em outros países. Por enquanto, só em Portugal e Holanda. Mas a exportação só é pequena por opção da dona do negócio, que, toda semana, recebe uma ligação de alguém interessado em representar a marca fora do Brasil. "Nossas exportações representam menos de 5% do faturamento, eu penso em ampliar, mas minha prioridade é o mercado interno, que está muito aquecido", justifica a empresária.

No fim do ano passado, ela abriu a primeira loja própria, em Três Pontas. Até o fim deste ano, serão pelo menos mais três em Varginha, Poços de Caldas e Pouso Alegre. A meta é aumentar em 20% o número de pontos de venda. "Queremos terminar 2012 com a Kapeh presente em 300 pontos", afirma. A marca também está presente no e-commerce. "Há um ano inauguramos nossa loja virtual: www.kapeh.com.br, que já responde por 10% do nosso faturamento", destaca.
A estrela dos cosméticos é o grão verde, de onde Vanessa, com a ajuda de cinco indústrias parceiras em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, extrai essas potencialidades. Mas a flor do café, que floresce praticamente uma só vez ao ano, também virou fonte e rendeu um prêmio nacional.

No ano passado, a Kapeh ganhou o Prêmio Nacional de Inovação, realizado pela Confederação nacional da Indústria (CNI) e Movimento Brasil Competitivo (MBC), na categoria inovação, pelo desenvolvimento de uma linha com a flor do café. Em 2010, Vanessa foi a única brasileira a ficar entre as dez finalistas do Prêmio Empretec Women in Business Award 2010, da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Comércio (Unctad).

Pesquisa: Matéria-prima não é problema
Três Pontas. Matéria-prima não é problema para o negócio de Vanessa Vilela, fundadora da Kapeh. O Brasil é o maior produtor de café do mundo. O principal fornecedor é o próprio marido, dono da fazenda Racho Fundo. O maior desafio são as pesquisas, feitas em parceria com universidades.

Ela, que sempre quis ter um negócio neste ramo, estudou farmácia exatamente para alcançar seu objetivo. E, logo que começou a estudar as propriedades do café, teve bons resultados. "A maior dificuldade, no começo, era que não havia a matéria-prima específica para cosméticos no mercado, que é o extrato do óleo. Nós estudamos, junto com universidades, e descobrimos como ele pode ser benéfico. Descobrimos, por exemplo, que ele é três vezes mais antioxidante do que o chá verde, que é muito ligado à longevidade", conta. "Descobrimos também que ele tem um elevado poder de proteção solar e comprovamos que as mãos das mulheres que colhem café envelhecem muito menos do que o restante do corpo", afirma.

Cooxupé: Gigante vai explorar belezaGuaxupé. Tem gigante de olho no potencial que o café tem para a beleza. A Cooxupé, a maior cooperativa de produtores do mundo, está investindo em pesquisas para o uso da matéria-prima em cosméticos. A empresa já está com um projeto-piloto de extração de óleo dos grãos em Guaxupé, Sul de Minas, onde está localizada a sede da cooperativa que produz, por ano, 6 milhões de sacas. Por enquanto, é uma pequena fábrica, mas já há planos para a expansão.

O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, explica que o projeto ainda está só na fase das pesquisas. Mas adianta que já tem grandes indústrias de cosméticos interessadas em parcerias.

"O óleo de café verde é uma matéria-prima nobre, nosso desafio é popularizar e criar escala de produção", afirma.

Segundo o engenheiro de produção da Cooxupé, Marcelo Casagrande, cada saca de 60 kg rende 4 litros de óleo. "Temos um desafio quantitativo e, como não existia uma máquina específica, tivemos que desenvolver um equipamento".

O projeto é totalmente sustentável. Os grãos são usados para a produção do óleo. Após a extração, sobra uma espécie de farelo, que será reutilizado na fábrica de ração da Cooxupé.

Fonte: O Tempo Online

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

dapurtoto

dapurtoto

dapurtoto

bo togel terpercaya

link togel

bandar togel resmi

situs togel terpercaya

situs togel resmi

bo togel

situs togel online

10 situs togel terpercaya

situs togel tereprcaya

5 bandar togel terpercaya

bo togel terpercaya

agen togel online

agen toto

bo togel terpercaya

agen toto

situs toto

agen toto

bandar togel resmi

bo togel terpercaya

situs toto 4d

situs toto

bo togel terpercaya

situs toto togel