Conab projeta safra 2020 em 63,1 milhões de sacas de café

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou, ontem (17), que a safra 2020 de café no Brasil totalizou 63,08 milhões de sacas de 60 kg, registrando recorde histórico. O volume implica alta de 27,9% sobre a colheita de 2019 e de 2,3% ante as 61,7 milhões de sacas de 2018, o recorde anterior. Do total estimado, 48,77 milhões de sacas se referem à variedade arábica e 14,31 milhões de sacas à conilon.

O Conselho Nacional do Café (CNC) entende que os números apresentados reforçam a credibilidade da estatal na apuração das colheitas brasileiras, pois refletem o desenvolvimento observado nos cafezais ao longo do ano.

“O clima contribuiu sobremaneira com a cafeicultura na safra 2020, colaborando desde as floradas, passando pelo desenvolvimento dos frutos até chegar à colheita. Produzimos uma safra boa e de excelente qualidade”, destaca Silas Brasileiro, presidente da entidade.

ANO POSITIVO

Diante da atipicidade causada pela pandemia do novo coronavírus, que impactou todos os setores da economia no mundo, ele destaca que o café viveu um ano positivo.

“A cafeicultura brasileira demonstrou-se resiliente, com a cadeia produtiva adotando medidas preventivas e de combate à disseminação da Covid-19, que permitiu um andamento, dentro da normalidade possível e com segurança à saúde de produtores e trabalhadores, da colheita”, aponta.

Conforme Brasileiro, outro ponto positivo foi o equilíbrio na cadeia produtiva frente ao bom volume colhido pelos cafeicultores.

“Essas 63 milhões de sacas, somadas ao estoque de passagem, constituem volume suficiente para honrar consumo interno e exportações, mantendo o país como o segundo maior consumidor global, com cerca de 21 milhões de sacas, e principal provedor mundial, com embarques superando facilmente 40 milhões de sacas”, analisa.

O presidente do CNC diz, também, que a boa produção passou destacadamente pelas cooperativas do setor, que devem ter ampliado seu market share para mais de 40% na safra 2020.

“Esse maior volume em nossas cooperativas se deu muito em função da atratividade dos benefícios que disponibilizam a cooperados e das ações preventivas e preparatórias (ante a Covid-19) que adotaram para garantir o recebimento e os melhores cenários de comercialização do produto”, conclui.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNC