Artigo: Como amenizar as quebras de safra no Cerrado Mineiro?

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Nos últimos anos, cafeicultores da região têm enfrentado diversos fatores climáticos; irrigação localizada pode ser alternativa

Nos últimos anos, o Cerrado Mineiro foi vítima de diversos fatores climáticos que levaram os cafeicultores da região a situações de desespero. No entanto, mesmo com as quebras de safra, o amor pela produção de café e a vontade de vencer mais um desafio não os deixaram desistir de atuar no ramo.

Quebras de safra

Antes de mais nada, as últimas safras têm sido desafiadoras para o produtor e seus cafezais. Portanto, as consequências de safras baixas são sentidas até o momento. Assim é a vida da lavoura em campo aberto, repleta de desafios.

Atualmente, as lavouras estão se recuperando da geada e da seca. Assim como os cafeicultores, que atuam firmemente para que todo manejo realizado ocasione sucesso no desenvolvimento da lavoura.

Mas onde a irrigação entra nessa conversa?

Em primeiro lugar, a irrigação localizada é uma ferramenta que veio para somar e viabilizar a produção de café. Ou seja, é uma aliada do produtor rural, que ameniza os estresses sofridos pela planta, dando mais conforto e resultando em maiores produtividades da cultura.

A irrigação, dessa forma, é o ato de disponibilizar para a planta o insumo mais necessário para o desenvolvimento de qualquer cultura, a água. Esse insumo, pois, é necessário para a fotossíntese, translocação de fotoassimilados e transporte de nutrientes. Com a ausência desse recurso, entretanto, é possível ter perdas em produtividade de café.

Mas como saber se estou irrigando da maneira correta?

Acima de tudo, existem diversas ferramentas de monitoramento de solo, clima e planta. Que, dessa forma, podem guiar o cafeicultor na assertividade do manejo hídrico da lavoura.

Assim, essas ferramentas mostram o quanto a planta perdeu de água em um dia (lembrando que é necessário realizar o ajuste do Kc de acordo com a cultura e fase fenológico).

Sobretudo, existem diversas literaturas que podem ser usadas como referências de acordo com a textura e a classificação do solo. Para chegar em pontos de capacidade de campo e ponto de murcha permanente.

Além dos sensores, a análise visual é imprescindível. Em suma, olhar a lavoura e conferir o resultado que os sensores evidenciam.

Por fim, um manejo hídrico da cultura bem-sucedido confere em monitorar, analisar as ferramentas e tomar a decisão correta, o quanto e quando irrigar a lavoura.

Por Amanda Carlos, Especialista Agronômica da Netafim
Fonte: Hub do Café