Colômbia investe em tecnologia geoespacial para mitigar efeitos climáticos no parque cafeeiro

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Tecnologia também vai facilitar processo de rastreabilidade aos compradores internacionais

Depois de três anos consecutivos sob influência do La Niña e com excesso de chuva trazendo impactos severos na produção de café, a Colômbia – segundo maior produtor de arábica do mundo, agora trabalhar para minimizar os impactos do El Niño. E de acordo com informações da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), a “tecnologia geoespacial” será a grande aliada no combate aos desafios impostos pelas condições climáticas.

Segundo a FNC, a tecnologia “geoespacial” trata-se de um sistema baseado em informações geográficas, que tem como foco permitir o monitoramento eficiente das lavouras e a partir desses dados ajudar o produtor na tomada de decisão.

Enquanto no Brasil o La Niña trouxe desafios com a falta de chuva e altas temperaturas, no país vizinho o excesso de chuva resultou em uma safra com menos de 12 milhões de sacas no ano passado e uma redução de, até o momento, 6% na produção entre janeiro e abril deste ano.

O excesso de chuva favoreceu a incidência de pragas e doenças como broca e ferrugem. “As informações permanentemente registradas e atualizadas pelo Serviço de Extensão no SICA (Sistema de Informação do Café) permitem à Federação dos Cafeicultores tomar decisões oportunas sobre as políticas de competitividade e sustentabilidade da cafeicultura colombiana ”, explica Martha Córdoba. As informações foram publicadas pelo portal Semana, da Colômbia.

O porta-voz do Centro de Pesquisas Científicas da Federação (Cenicafé), Álvaro Gaitán Bustamante, as informações que serão constantemente atualizadas também poderão ajudar nas políticas de sustentabilidade e competividade da Colômbia.

Os dados mostraram ainda que em 2023, as variedades suscetíveis representavam 69% das culturas, enquanto as variedades resistentes representavam apenas 31% em todo o país. Atualmente, as variedades resistentes atingiram 87% e apenas 13% são suscetíveis. A imunidade é maior com a variedade Colômbia, que protege as lavouras contra a ferrugem.

Outra informação importante divulgada pela Colômbia, é que a tecnologia vai contribuir também para a rastreabilidade do café, fornecendo ao mercado internacional todos os detalhes das fazendas e características do café.

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas