Colômbia espera fechar o ano com a produção de 11,4 milhões de sacas e mais de 60 mil hectares renovados

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Mudanças nas lavouras faz parte do plano de recuperação da produção no país vizinho, duramente afetada pelo La Niña nos últimos três anos

A Colômbia deve fechar o ano de 2023 com a produção de 11,4 milhões de sacas. Esse é o número mais recente divulgado pela Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), que em breve deve publicar também os números de produção em novembro.

Nos últimos três anos o país vizinho foi duramente afetado pelo excesso de chuva, reflexo do La Niña no país. Desde então, o país tem focado na renovação do parque cafeeiro, inclusive fazendo chamados urgentes para os produtores. Os dados mais recentes publicados pela FNC indicaram que desde setembro de 2023 ao menos 60.458 hectares foram renovados na Colômbia. O número representa 35% a mais que no mesmo período em 2023.

“Apesar do impacto do La Niña até 2022, a Colômbia manteve uma produção média nos últimos 6 anos próxima do13,3 milhões de sacas de café por ano e produtividade acima de 14 sacas de café verde por hectare(nos últimos 11 anos)”, destacou a publicação assinada pelo então presidente da FNC, Alemão Bahamón.

Já com relação ao consumo, os números mostram 2,2 milhões de sacas. O volume representa 4% a menos que no ciclo 2021/22. Segundo a FNC, a queda no consumo está atrelada à inflação observadas pelos consumidores de café, o que teria levado à uma substituição por bebidas de menor custo.

Com 10,3 milhões de sacas exportadas, o principal mercado do café colombiano continuou sendo a América do Norte, com 51,7% das exportações no período. A Europa aparece em segundo lugar com 26,8% e o terceiro lugar ficou para Ásia, com 19,3% de participação.

No total, a Colômbia chegou a 41 países, com 2012 clientes até o meses de setembro, 4% a mais do que o registrado até setembro de 2022. “.Os esforços foram redobrados em mercados potenciais e não tradicionais, como China e Oriente Médio, com vendas de 162.171 sacas de 60 kg, 103% a mais do que foi vendido entre janeiro e setembro de 2022”, afirma.

Por: Virgínia Alves | Fonte: Notícias Agrícolas