Coffee Connect apresenta as principais transformações da cafeicultura brasileira

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Primeira etapa reuniu cafeicultores e todos os elos da cadeia cafeeira

Todos os 400 espectadores do evento fizeram relato incomum: que presenciaram neste quatro de abril o começo de uma nova postura da cafeicultura brasileira, assumindo os desafios, mas também alinhando e valorizando os diferenciais do Café do Brasil – que aliás foi apresentado como a marca mais sustentável do mundo.

A transformação do setor a partir de ações que promovam maior sustentabilidade e valorização do grão, foi o foco em todos os temas discutidos pelos painelistas.

O CEO do Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Marcos Matos, foi um dos painelistas no evento comentando sobre as exigências internacionais para o café brasileiro, e tudo que se trabalhou ao longo dos últimos meses. Em tempos de ESG (Environmental, Social and Governance – que representa – sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa), ele ressalta como a cada safra o Brasil tem avançado. “Com safras melhores, conseguimos um avanço importante e principalmente mostrar para o produtor todas as oportunidades possíveis”, explicou Marcos.

Para a Presidente da Associação Brasileira dos Cafés Especiais, Carmem Lúcia Chaves de Brito, conhecida como Ucha, essa transformação que o mercado vivencia,  serve como oportunidade para mostrar de forma ainda mais fidedigna todo trabalho do cafeicultor brasileiro.

“Estamos reunindo as pessoas que querem atuar no processo de transformação que a cafeicultura está enfrentando. São muitos os desafios que temos no setor de produção e são tantas coisas para pensarmos. Precisamos sentar mesmo aqueles que querem fazer uma cafeicultura cada vez mais forte no Brasil. E um dos objetivos do Coffee Connect é propor essa transformação junto com o produtor”, ressaltou Ucha.

A cafeicultora e jornalista especializada em  agronegócio, Luisa Nogueira, enquanto parte do comitê idealizador do projeto, através da Plata Digital, pontua a comunicação como um agente transformador da cadeia. “A comunicação é a principal estratégia para a gente conseguir de fato unificar o nosso discurso perante o mundo. Para isso, preciso de uma organização entre as instituições público e privada, nesse ponto, a comunicação se faz uma ferramenta muito importante”, destaca Luisa.

E nesse discurso unificador pela transformação da cafeicultura brasileira, a ciência e a pesquisa também fazem parte dessa conversa. Juan Gimenez, Gerente de Inovações Café da Syngenta, uma das parceiras do Coffee Connect, destacou como os avanços tecnológicos têm colaborado para esse novo caminho.

“Estamos sempre trabalhando em processos que vão contribuir para a melhora desse cenário. A tecnologia baseada em ciência é um agente primordial para essa conversa que iniciamos. E para a Nucoffee é uma honra participar, porque realmente temos aqui a tradução de uma conexão importante com vários elos da cadeia. Isso torna a cafeicultura brasileira cada vez mais forte para enfrentar tantos desafios”, afirma Juan. 

Fast Food e Café?  

Pode parecer imprevisível, mas começa a ser realidade a democratização do café especial. O café de mais qualidade de forma acessível, é um dos objetivos do McDonald’s, que também marcou presença no primeiro encontro do Coffee Connect.

A Head de Segmentos do McDonald’s Brasil – McCafé, Bruna Mendes, comentou sobre as transformações do mercado e como a rede de fast food enxerga oportuno o momento, para promover uma conscientização em seus consumidores, sobre o café brasileiro.

“Temos um excelente espaço, o fast food com toda sua importância na cadeia alimentícia, sempre vai trazer muita massa e uma dinâmica muito democrática. E no McDonalds, nosso ponto, é levar um café de qualidade, com padrão superior, de uma forma mais volumosa. Essa conscientização a gente faz, para que o cliente possa entender o que é essa qualidade”, comentou Bruna.

Entre produtores, traders, empresários e consumidores, cerca de 400 pessoas passaram pelo encontro. Cafeicultores de várias cidades da região, como, Muzambinho, Guaxupé, Boa Esperança, Santo Antônio do Amparo, Campanha, Três Pontas, Varginha e Carmo da Cachoeira. Empresas do setor de São Paulo e Belo Horizonte também marcaram presença.

“O evento abordou temáticas importantes, que são pilares para a cafeicultura brasileira. Saio motivada desse evento, porque tudo que foi abordado aqui, sem dúvida faz toda diferença para o nosso negócio”, ressalta Sandra Moraes, Gerente de Cafés Especiais da Expocaccer.

Vale lembrar que o Coffee Connect foi idealizado pela Hub de Conteúdos especializada em marketing para o agronegócio, Plata Digital, junto com o Centro do Comércio de Café de Minas Gerais, CCCMG.

Os próximos encontros deverão ocorrer nos próximos meses, acompanhe: 

18 de junho e com tema: Origem e manejo sustentável

1º de outubro com tema: Governança, comunicação e estratégia de marketing

10 de agosto com tema: Perfis sensoriais e como agregar valor ao café

Fonte: Play no Agro/ Thamires Benetório