Coberturas e mercado externo ajudam café a voltar a subir na ICE

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Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com fortes ganhos, mudando o cenário baixista verificado há semanas. Em um dia caracterizados por um volume expressivo de negócios, as coberturas e as compras especulativas deram o tom dos negócios, permitindo os bons ganhos.

Os especuladores teriam, no último dia 12, em mãos, combinados em futuros e opções, o maior níveis de posições vendidas desde 2006 e, diante disso, algumas coberturas eram esperadas. Além disso, alguns outros fatores deram suporte para os ganhos do dia, como a fraqueza do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais, na esteira da expectativa de ações de estímulo econômico por parte do Banco Central dos Estados Unidos.

Também ajudaram a mobilizar o mercado a aproximação do período de notificação do primeiro contrato, assim como o temor com as chuvas nas zonas produtoras de café do Brasil, que podem atrasar ainda mais a chegada de novos grãos e comprometer a qualidade do produto.

No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve alta de 705 pontos, com 156,60 centavos, sendo a máxima em 156,70 e a mínima em 148,55 centavos por libra, com o setembro tendo valorização de 730 pontos, com a libra a 158,80 centavos, sendo a máxima em 159,00 e a mínima em 150,50 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, julho teve alta de 16 dólares, com 2.082 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 22 dólares, com 2.101 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, os futuros de café conseguiram ter uma terça-feira de altas expressivas, com significativas coberturas de posições short, numa movimentação prévia antes do início do processo de notificação e de entregas físicas na bolsa nova-iorquina. "Nós notamos que algumas indústrias de torrefação efetuaram compras e coberturas de posições short", disse Hernando de La Roche, vice-presidente sênior da INTL Hencorp Futures. Ao longo da sessão, uma considerável volatilidade foi percebida, até os preços terem conseguido um avanço mais expressivo e finalizado no lado positivo da escola, depois de ter, na segunda-feira, ter atingido seu menor nível em dois anos.

Nesta quinta-feira, dia 21, é o primeiro dia de notificação do contrato de café na bolsa nova-iorquina, o dia inicial para se expressar a entrega do grão contra um contrato futuro. Especuladores, que normalmente não aceitam a entrega física contra um contrato futuro, "fecham" suas posições antes dessa data, conforme indicaram os analistas e essa retração de qualquer força vendedora permitiu que os preços das posições pudessem ser puxados para cima. "Eu vejo que a fraqueza do dólar ante outras moedas internacionais também contribuiu para o bom andamento do mercado, com várias commodities tendo altas ao longo do dia", complementou de la Roche.

"Os mercados globais estão mais animados, principalmente após o anúncio de que o G20 poderá encerrar sua reunião hoje com algumas ações mais efetivas para combater a crise, até mesmo com a criação de um fundo por parte de países emergentes", indicou um operador.

As exportações de café lavado do grupo de países produtores latino-americanos tiveram alta de 5,8% em maio, com 2,90 milhões de sacas, indicou a Anacafé (Associação Nacional do Café da Guatemala), entidade responsável pela estatística do bloco. Desde o início da safra, em outubro de 2011 até o final de maio, o grupo remeteu 18 milhões de sacas ao exterior, 4,4% abaixo do mesmo período do ciclo anterior. O grupo é formado por Colômbia, Peru, República Dominicana, México, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Nicarágua e Honduras. A Colômbia, nos primeiros sete meses da safra, teve queda de 18,4% em suas remessas ao exterior, ao passo que as remessas de El Salvador teve baixa de 40%, após intensas chuvas afetarem a produção local. República Dominicana e Honduras tiveram aumentos expressivos em suas remessas, assim como costa Rica, México e Peru também registram avanço no volume de café remetido ao exterior, ao contrario de Guatemala e Nicarágua.

As exportações de café do Brasil em junho, até o dia 18, somaram 541.287 sacas de café, queda de 34,26%, em relação às 823.385 sacas registradas no mesmo período de maio, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 4.899 sacas, indo para 1.584.037 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 46.348 lotes, com as opções tendo 1.534 calls e 846 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 156,70, 157,00, 157,50, 157,90-158,00, 158,50, 158,90-159,00, 159,35, 159,50, 159,90-160,00, 160,50, 161,00, 161,25, 161,50 e 162,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 148,55, 149,00, 149,25, 149,00, 148,50, 148,00, 147,50, 147,00, 146,50, 146,00, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00 e 143,50 centavos por libra.

Fonte: AgnoCafé

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