Clima e baixa oferta puxam preço

Imprimir

O clima nas regiões produtoras e a oferta apertada de café no mundo têm sustentado os preços do produto. Os contratos futuros de arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acumulam alta de pouco mais de 30% desde o início do ano, base primeiro vencimento (dezembro). No mercado interno, o indicador de preço do café arábica do Cepea/Esalq/USP fechou agosto com média de R$ 313,93 a saca de 6o quilos, 3,8% maior do que no mês anterior.

Analistas explicam que na Colômbia e América Central os produtores estão preocupados com o excesso de chuvas, que pode aumentar a incidência de pragas e doenças. No Brasil o problema é inverso: a falta de água pode comprometer a safra do ano que vem.

Meteorologistas informam, porém, que a ausência de chuva, por enquanto, está dentro do padrão histórico. Aliás, isso tem favorecido os trabalhos de colheita do grão, que estão na reta final. Segundo a meteorologia, chuvas significativas só devem cair na segunda quinzena de outubro.

Mesmo que as chuvas melhorem as condições da lavoura, a expectativa é que o Brasil colha em 2011 safra menor do que a deste ano, por causa da bienalidade da cultura. Quinta-feira, a Conab projetou a safra brasileira 2010 de café em 47,2 milhões de sacas. O resultado representa acréscimo de 19,6%, em comparação com 39,5 milhões de sacas da safra 2009.

Conforme o Cepea, os cafeicultores já começam os tratos culturais para a próxima temporada. A boa remuneração com arábica este ano estimula investimentos na lavoura.

Fonte: O Estado de São Paulo 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *