Café passa a liderar embarques mineiros

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A retração nos preços do minério de ferro no mercado internacional levou o insumo siderúrgico a perder a liderança da pauta exportadora de Minas Gerais para o café no primeiro mês deste ano. Embora o volume embarcado de minério tenha aumentado em janeiro, o baixo valor da tonelada fez com que a receita fosse menor. Já no caso do café, houve queda tanto no volume quanto nos preços e, ainda assim, o grão garantiu o primeiro lugar no ranking de exportações. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

No primeiro mês de 2015, a tonelada do minério era comercializada a aproximadamente US$ 68, preço que caiu para cerca de US$ 40 no mês passado. Assim, a exportação de 11,2 milhões de toneladas em janeiro deste ano rendeu US$ 264 milhões ao Estado, enquanto o envio de 11,1 milhões de toneladas no primeiro mês de 2015 gerou US$ 476 milhões. Isso equivale a uma diferença de mais de 80% na mesma base de comparação.

O preço da saca do café também caiu nesse intervalo, passando de US$ 175 para US$ 120. Mesmo assim, o grão garantiu o primeiro lugar na lista de exportação, já que o embarque de 104.078 toneladas da commodity agrícola no primeiro mês de 2016 rendeu US$ 260 milhões a Minas. Em janeiro de 2015, o envio de 104.339 toneladas gerou mais de US$ 382 milhões. A diferença em valor de um ano para o outro foi de 31,93%, enquanto em volume de apenas 0,25%.

Quando considerado o total enviado ao exterior por Minas Gerais também houve queda no montante gerado. No primeiro mês deste ano as exportações mineiras somaram US$ 1,289 bilhão, valor 32,6% menor do que o registrado em igual período de 2015, quando as vendas externas chegaram a US$ 1,914 bilhão. O café foi responsável por 20,2% da receita total, participação que era de 19,96% em janeiro do ano passado. Já o minério de ferro foi responsável por 19,77%, com recuo de 5,12 pontos percentuais provocado pela queda de preços, na mesma comparação. 

Já em relação ao volume foi apurada alta de 1,62%, proveniente das 12,5 milh&otiotilde;es de toneladas exportadas pelo Estado no primeiro mês deste ano contra 12,3 milhões de toneladas embarcadas em janeiro do exercício passado. 

Importações – As compras de Minas Gerais no exterior também caíram em valor e aumentaram em volume no primeiro mês do exercício. Ao todo, o Estado importou US$ 664,3 milhões em mercadorias, com retração de 7,68% em relação a janeiro de 2015 (US$ 719,6 milhões). Em volume houve incremento de 35%, uma vez que foram 1,16 milhão de toneladas neste ano contra 862 mil toneladas em 2015.

Em primeiro lugar entre os importados apareceram os altos-fornos de ustulação, utilizados na obtenção de metais, com uma participação de 13,25% do total. Logo em seguida, veio a hulha betuminosa, que é o carvão mineral usado pela indústria sider&uacutuacute;rgica, representando 7,53%. A ureia apareceu na terceira posição, com participação de 4,52%.
Assim, o saldo da balança comercial mineira ficou em US$ 625,093 milhões no primeiro mês de 2016. Embora tenha encerrado janeiro positivo, o montante equivale a um recuo de 47,69% sobre o saldo de igual mês do ano passado, quando houve superávit de US$ 1,195 bilhão.

Já a corrente comercial, que é a soma das exportações e importações, também indicou a continuidade da perda de dinamismo do comércio exterior do Estado nesse primeiro mês. Em janeiro deste ano, Minas movimentou US$ 1,953 bilhão com as compras e vendas no mercado mundial, uma queda de 25,8% em relação ao total de janeiro de 2015, quando somou US$ 2,633 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio (Mara Bianchetti)

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