Brasil expõe ações sustentáveis da cafeicultura diante das novas regulações globais

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O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) debateu como a legislação nos países consumidores pode impactar os cafeicultores e o que as entidades de classe vêm fazendo diante desses desafios. A discussão foi realizada no painel “How consuming country legislation impacts coffee producers? What are the associations doing?”, durante a Sintercafe 2022 – International Coffee Week, realizada de 9 a 12 de novembro, na Costa Rica.

No painel, que também contou com a participação de Michael von Luehrte, da Swiss Coffee Trade Association (SCTA), Bill Murray, da National Coffee Association (NCA) dos Estados Unidos, e representantes da Federación Nacional de Cafeteros da Colômbia e da organização do evento, o diretor Geral do Cecafé, Marcos Matos, expôs que o Brasil, com a perspectiva de maior país produtor e exportador global e segundo maior consumidor, desenvolve diversas ações sustentáveis e a necessidade de união de toda a cadeia produtiva mundial diante das novas regulações globais.

Segundo ele, em tempos de governança socioambiental (ESG), o Brasil fortalece suas ações concretas de capacitação, monitoramento de resíduos, balanço de carbono e rastreabilidade frente às tendências regulatórias, especialmente na União Europeia.

“O café promove inclusão social. Onde o café está presente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região é mais alto no Brasil. Aliado a isso, os índices de preservação ambiental estão acima daqueles exigidos por Lei, que é o Código Florestal Brasileiro. Isso demonstra que os cafés do Brasil, ao tempo em que concordam com as preocupações socioambientais, estão prontos para atender a essas novas regulações que surgirão”, explica.

Matos também pontua sobre os desafios atuais das questões geopolíticas e comenta que é necessário, diante disso, fortalecer o multilateralismo para promover um comércio internacional com inclusão social, respeitando-se os investimentos, os projetos e as diversas ações concretas de sustentabilidade em curso no Brasil.

“Isso é justamente o que deve ser mostrado aos legisladores globais para alcançarmos expressivos ganhos e inclusão social no mundo. Jogamos esse jogo de forma correta e exemplar, portanto esperamos e trabalhamos para que burocracias e barreiras comerciais não sejam fortes ameaças à toda evolução conquistada ao longo de décadas”, conclui.

Fonte: Comunicação Cecafé