Bovespa defendeu os 67 mil pontos e dólar caiu a R$ 1,663

Imprimir

O pregão de quinta-feira foi marcado pela instabilidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), queda no preço do dólar e novo ajuste de baixa nos contratos de juros futuros, seguindo a vitória do governo na votação sobre o salário mínimo.

Nos Estados Unidos, o dia começou com viés negativo após o aumento na demanda por segundo-desemprego. Mas o humor começou a melhorar após o indicador de atividade do Federal Reserve da Filadélfia surpreender para cima.

Em Wall Street, o Dow Jones encerrou o dia com alta de 0,24%, aos 12.318 pontos, nova máxima para o ano e maior pontuação desde 5 de junho de 2008. O S&P 500 mostrou acréscimo de 0,31%, aos 1.340 pontos – patamar não registrado desde 19 de junho de 2008. O S&P já dobrou de preço desde o fundo registrado em março de 2009. Já o Nasdaq se valorizou 0,21%, a 2.831 pontos.

Ainda no campo externo, as tensões no Oriente Médio, que agora atingem Bahrain, Irã e Líbia ainda não mostraram força suficiente para promover uma onda generalizada de aversão ao risco. Mas já se observa maior demanda por petróleo, títulos americanos e francos suíços como forma de proteção.

De volta ao mercado local, o Ibovespa ficou instável desde o início dos negócios, mas respeitou a linha dos 67 mil pontos. No fim da jornada, o índice apontava leve alta de 0,16%, aos 67.684 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 5,97 bilhões. Na semana, o índice já sobe 2,93% e, no mês, avança 1,67%.

"A saída do investidor estrangeiro continua atrapalhando o mercado no Brasil. Tivemos um movimento de volatilidade, com o vencimento de opções influenciando o desempenho das ações da Vale e da Petrobras.", comentou o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.
Cabe lembrar que na segunda-feira acontece o vencimento de opções sobre ações e que em função do feriado em Wall Street nesse mesmo dia, alguns investidores podem antecipar o ajuste de posições.

No câmbio, depois de três dias "andando de lado", o mercado ganhou viés mais definido na quinta-feira e quem deu rumo ao pregão foram os vendedores.

No fim da jornada, o dólar comercial apontava queda de 0,53%, a R$ 1,663 na venda. Nos últimos três dias a moeda tinha subido 0,30%. Vale lembrar que os negócios se concentraram na parte da tarde, já que da abertura até quase 13 horas, o preço tinha oscilado apenas R$ 0,002 entre máxima e mínima. O volume estimado para o interbancário foi de US$ 1,5 bilhão.

Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) o dólar pronto cedeu 0,50%, e também fechou a R$ 1,663. O volume caiu de US$ 109,5 milhões para US$ 100,75 milhões.

O fato que mais chamou mais atenções no pregão foi a postura do Banco Central (BC), que fez apenas uma compra no mercado à vista. Algo que não acontecia desde 17 de janeiro.

É cedo para falar em mudança de postura, mas conforme notou o diretor de tesouraria do Banco Prosper, Jorge Knauer, esse tipo de evento abre espaço para uma série de especulações.

Entre as alternativas, pode ser que o BC queira ser menos previsível. Afinal, a autoridade monetária vinha comprando religiosamente entre 12 horas e 13 horas e por volta das 15h30.

Para Knauer, independentemente do ocorrido, quanto mais errático e agressivo o BC for nas suas atuações, mas volatilidade ele consegue trazer para o mercado.

Já no mercado de juros futuros, os contratos longos marcam mais um pregão de baixa. Em três sessões, alguns vértices da curva chegaram a perder entre 30 pontos a 40 pontos percentuais de prêmio.

O mercado parece realinhar suas posições nos contratos de médio e longo prazo, passando a levar em conta a sinalização de um governo mais comprometido com a contenção da demanda na economia.
Afinal de contas, o salário mínimo de R$ 545 foi aprovado com facilidade no Congresso e, antes disso, o governo tinha anunciado um ajuste fiscal de R$ 50 bilhões. Fora isso, tem o Banco Central (BC) em modo de alta de juros.

Não se pode descartar, também, o fator técnico desse ajuste. Os agentes que estavam posicionados por uma alta dos prêmios se viram obrigados a mudar de posição, e tal reversão acaba acentuando a tendência natural da curva.

Cabe ressaltar que os contratos curtos seguem sem grande mudança de preço, pois não há alteração na percepção dos agentes quanto à necessidade de novas altas na taxa Selic no curto prazo.

Antes do ajuste final de posições na BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em março apontava baixa de 0,01 ponto percentual, a 11,14%. Abril subia 0,02 ponto, 11,49%. Julho de 2011 aumentava 0,02 ponto, a 11,94%. E janeiro de 2012 apontava 12,37%, alta de 0,01 ponto.

Entre os mais longos, janeiro de 2013, o mais líquido do dia, perdia 0,04 ponto, a 12,67%. Janeiro de 2014 recuava 0,07 ponto, a 12,61%. Janeiro de 2015 diminuía 0,08 ponto a 12,58%. E janeiro de 2016 devolvia 0,07 ponto, a 12,48%. Janeiro 2017 caía 0,10 ponto, a 12,41%.

Até as 16h10, foram negociados 1.015.725 contratos, equivalentes a R$ 85,65 bilhões (US$ 51,27 bilhões), queda de 13% sobre o registrado no pregão anterior. O vencimento janeiro de 2013 foi o mais negociado, com 356.550 contratos, equivalentes a R$ 28,54 bilhões (US$ 17,08 bilhões).

Fonte: Uol

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

prediksi dapurtoto dapurtoto dapurtoto dapurtoto dapurtoto dapurtoto bo togel terpercaya dapurtoto link togel dapurtoto bandar togel dapurtoto situs togel terpercaya dapurtoto situs togel resmi dapurtoto bo togel dapurtoto situs togel online dapurtoto 10 situs togel terpercaya dapurtoto situs toto agen togel dapurtoto 5 bandar togel terpercaya dapurtoto bo togel terpercaya dapurtoto agen togel online dapurtoto agen toto dapurtoto bo togel terpercaya dapurtoto situs toto 4d dapurtoto agen toto dapurtoto situs toto dapurtoto agen toto dapurtoto