Arábica x Conilon: entenda as diferenças na produção e no consumo do café
Cromossomos
Talvez a primeira coisa a ser dita é que os dois são espécies diferentes de café e, portanto, tem características específicas próprias, como o número de cromossomos e o formato dos grãos. Enquanto o arábica tem 44 cromossomos, que conferem ao café diferentes nuances e sabores, o conilon tem apenas 22, com menos peculiaridades.
Bebida
O arábica produz uma bebida suave, conhecida pelo seu caráter mais refinado. As nuances de sabores proporcionam também diferentes doçuras e acidez, resultando nos chamados cafés ‘gourmet’, que podem ser puros ou em blends. Já o conilon resulta na bebida dura, que geralmente é utilizado em blends, muito consumidos na maioria dos lares brasileiros.
Açúcar e cafeína
Mais adocicado, o arábica tem um teor de 6 a 9% de açúcar, contra 3 a 7% do conilon. O teor de cafeína, no entanto, é mais baixo, com 1,2% em média contra 2,2% do robusta. Esses índices interferem diretamente no sabor, já que conferem ao segundo um amargor maior.
Lavouras
A região onde os pés são plantados influencia diretamente na qualidade dos grãos e no tipo de café escolhido. O café conilon geralmente é plantado até um máximo de 800 metros de altitude, se concentrando em regiões mais baixas e próximas do litoral e é mais produtivo. Enquanto isso, o arábica precisa de mais cudiados e produz menos, mas devido ao seu sabor acaba sendo mais consumido.
Produção e fator econômico
Mesmo o arábica sendo menos resistente às doenças e produzindo menos floradas do que o conilon, estima-se que ele seja responsável por 70-75% da produção mundial.
No Brasil, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento, a produção de café deve ficar entre 43,6 e 47,5 milhões de sacas em 2017, sendo entre 35 e 39,9 milhões de sacas de arábica e 8,64 a 9,63 de conilon.
Minas Gerais deve ser responsábel por mais da metade da produção de café no país, com 25,4 a 26,81 milhões de sacas. Delas, apenas 308,6 mil de conilon – Espírito Santo é quem mais produz, com 4,6 a 5,3 milhões, seguido de Rondônia, com 1,9 a 2 milhões e Bahia, com 1,6 a 1,8 milhões.
Confira abaixo um resumos das principais diferenças entre as duas espécies: