CCCMG defende cadeia produtiva do café em MG

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O mercado de café sempre esteve em pauta e, no que diz respeito ao balanço comercial em Minas Gerais, é um dos principais agentes da economia. Na região, a instituição com maior autonomia para falar sobre a situação do setor cafeeiro é o CCCMG – Centro do Comércio de Café de Minas Gerais, situado em Varginha.

Há mais de 30 anos atuando em todo o Estado, o CCCMG comporta, em sua estrutura de sócios, representantes de todas as partes da cadeia do comércio do café. “Eu costumo dizer que o Centro é a entidade mais democrática que existe, porque nós temos aqui dentro toda a cadeia produtiva do café”, afirma Archimedes Coli Neto, presidente da entidade.

O CCCMG nasceu em Varginha e se mantém através de sócios. É uma entidade sem fins lucrativos e que trouxe maior unidade e credibilidade aos agentes do mercado cafeeiro. O Centro comporta, dentre outros órgãos, cooperativas, armazéns, beneficiadores, certificadores, corretores, exportadores, importadores e transportadores.

“Entre todos os associados, o Centro procura eleger um presidente que represente bem todas as classes da cadeia”, conta Archimedes. Ele está à frente da entidade há cinco anos. Nesse período, o CCCMG saltou de 49 para mais de 100 associados. “Uma das minhas metas à frente do Centro do Comércio de Café foi divulgar a entidade e seu trabalho, além de trazer mais representatividade para a entidade”, afirma o presidente.

Com mais de 40 anos de experiência no comércio cafeeiro, Archimedes hoje atua no setor de exportação. “Estou na Stockler há 16 anos e sou diretor de todas as filiais de compras da empresa”. A Stockler, que pertence ao Grupo alemão Neumann, é a maior empresa do ramo, com cerca de 14% de todo o mercado. Archimedes conta que se envolveu com o CCCMG por acreditar que podia contribuir de alguma forma com a experiência que adquiriu trabalhando no mercado.

Conhecedor dos meandros que trazem oscilações para o setor, o presidente do CCCMG analisa que Varginha tem a mais completa estrutura para o comércio do café, no mundo. “Essa concentração de capacidade que existe hoje em Varginha não existe em lugar nenhum no mundo”, decreta Archimedes.

Minas Gerais detém 55% da produção de café do Brasil e, segundo o presidente do CCCMG, a estrutura existente hoje em Varginha, é capaz de preparar cerca de 25 milhões de sacas por ano. Isso representa quase a totalidade das exportações do grão no país. A estrutura estática de Varginha remonta a 6 milhões de sacas por ano.

Dentro dessa realidade, o CCCMG esta fazendo um forte trabalho a fim de dobrar o volume de exportações partindo de Varginha. “Em 2011 nós conseguimos chegar à marca de 500 mil sacas exportadas via Porto Seco. Nós dobraríamos esse número em 2012, mas com a greve dos servidores da Receita Federal, nós estamos retomando esse trabalho”, revela Archimedes. O objetivo é chegar à marca de 1 milhão de sacas de café exportadas via Porto Seco em 2013.

Importância econômica do café ainda é grande
Dos 853 municípios de Minas Gerais, quase 600 produzem café. “Se nós pensarmos que a maioria desses municípios é pequeno e que a economia local é totalmente dependente do café, você consegue mensurar qual a importância desse mercado para o nosso Estado de Minas Gerais”, analisa.

Em nível de Brasil, o café hoje representa 3% a 4% da balança comercial. “Não existe mais a situação da época dos grandes barões do café, quando o café representava 80% das exportações brasileiras”, lembra Archimedes.

Entretanto, em Minas Gerais, o café continua sendo o termômetro da balança comercial. Por isso, o trabalho do CCCMG busca atuar junto ao Governo do Estado para que sejam discutidas políticas que possam beneficiar toda a cadeia produtiva do café, desde o produtor até a exportação.

Fonte: Agência WEspanha – Painel

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