Rabobank: preços do café arábica devem seguir pressionados

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Setor deve estar atento à desvalorização do real e vendas de robusta

Os preços do café arábica devem se manter pressionados no mercado internacional, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (21/8) pelo banco holandês Rabobank. Entre os motivos, a entrada da safra brasileira no mercado e a concorrência com o robusta, com possível aceleração das vendas do Vietnã, maior produto mundial da variedade. 

O banco destaca que, mesmo com a preocupação relacionada às geadas ocorridas no Brasil no final de julho, os preços seguiram tendência de baixa. De abril ao início de agosto, o primeiro vencimento na bolsa de Nova York sofreu desvalorização de 9%. Comportamento seguido pelo mercado interno com desvalorização de 5%, com base no indicador Cepea/Esalq.

“O pano de fundo para essa desvalorização continuou a ser o aumento da safra colombiana juntamente com a expectativa de safra brasileira acima do esperado em um ano de baixa. Isso tem compensado as preocupações quanto aos efeitos do fungo roya na produção da América Central. As seguidas desvalorizações do real também pressionam as cotações”, destaca o relatório.

O banco holandês chama a atenção também para a movimentação dos fundos na bolsa de Nova York. Segundo o Rabobank, em duas semanas, a posição vendida (com expectativa de baixa) caiu de 21,5 mil para 13 mil contratos. Desta forma, números que indiquem safras ainda maiores podem intensificar quedas.

“No entanto, a pressão sobre as cotações podem ser minimizadas pelo lançamento de contratos de opções de vendas de 3 milhões de sacas de café pelo governo brasileiro no valor de R$ 346 por saca de 60 quilos”, avaliou o banco.

Fonte: Globo Online

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