Brasil responde por 41,3% da exportação mundial de café arábica
O Brasil permanece na liderança do ranking global dos embarques de café arábica, tendo remetido 2,567 milhões de sacas ao exterior no período, ou 41,31% do total. Esse volume representou leve aumento de 0,33% em relação às 2,559 mi/scs comercializadas em março de 2019 e de 4,19% ante fevereiro (2,464 mi/scs).
De acordo com o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, o investimento que o país fez em tecnologia permitiu o avanço da produção e da qualidade em áreas menores destinadas ao cultivo do grão.
“O reflexo da elevação da produtividade e da qualidade é a manutenção ou mesmo a ampliação de nosso market share, ocupando o espaço deixado por países que focam sua atuação principalmente em preço e não em novas tecnologias e redução de custos, o que encarece sobremaneira a produção nessas nações”, explica.
CAFÉ SOCIOECONÔMICO
Silas Brasileiro recorda a importância econômica do café para o Brasil, citando que o Valor Bruto de Produção (VBP) da cultura deverá ficar em aproximadamente R$ 27 bilhões em 2020. Ele também destaca a relevância social da atividade, que gera 8,4 milhões de empregos ao ano em toda a cadeia.
Neste ano, segundo o presidente do CNC, com a crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que causou a demissão de milhares de trabalhadores de diversas áreas do comércio, o café terá uma importância socioeconômica ainda maior.
“Esses desempregados terão a oportunidade de trabalhar na colheita, que começa a ganhar força neste mês de maio no Brasil. Isso significa que o café será fonte de renda para essa população e servirá para aquecer o setor de alimentos e consumo, contribuindo para por comida dentro dos lares desses brasileiros”, cita.
Ele revela que o CNC vem mantendo constantes contatos com as secretarias estaduais de Saúde, Trabalho e Agricultura para explicar os impactos positivos que a cafeicultura deve gerar nesse cenário atual de crise.
“Como os trabalhos de ‘panha’ do café devem se intensificar a partir da semana que vem, temos solicitado, ao seguirem as recomendações sanitárias, que não se crie dificuldades para contratação e transporte interestadual desses trabalhadores. O café não para e precisamos do bom senso público para que, ao não pararmos, também contribuamos com os governos regionais”, conclui.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNC