4º Fórum Café e Clima: como as condições meteorológicas afetaram a safra de café 21 e 22

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A agricultura e o clima andam de mãos dadas. Na maioria das vezes que ocorre quebra na produção, o “clima”, no entanto, é o principal responsável. Dessa forma, o conhecimento das condições meteorológicas e a resposta da planta a estes fatores, é fundamental para permitir ações mais assertivas de manejo que possam minimizar os prejuízos.

E como tradicionalmente acontece, a Cooxupé realiza no dia 27 de setembro o 4º Fórum Café e Clima. Neste evento, onde será abordado o comportamento das condições meteorológicas e o seu impacto nos cafeeiros e na safra de 2022, também será discutido sobre a tendência das condições do tempo para próximos meses.

Um dos palestrantes é o engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras, Éder Ribeiro dos Santos, que coordena o setor de Geoprocessamento da Cooxupé.

Inverno sem geadas, mas com altas temperaturas

Éder lembra que, ao contrário do ano passado, não houve geada, como a que causou danos irreversíveis a plantações inteiras de café. Mas, o inverno foi muito quente, sendo que, em julho, algumas cidades da área de atuação da Cooxupé registraram temperaturas máximas próximas a 40 graus.

“As condições meteorológicas estão desfavoráveis. Se o quadro persistir poderá impactar negativamente a safra de 2023”, alerta.

Assim, nesse contexto, no 4º Fórum do Café e Clima, que acontece presencialmente após dois anos, será discutido como o cafeeiro está reagindo diante do comportamento do clima, marcado por seca, temperaturas elevadas e quais os impactos para a safra atual e para a próxima safra.

Expansão da Rede meteorológica da Cooxupé

Éder Ribeiro dos Santos contextualiza que o monitoramento contínuo das condições é possível, pois, graças a uma rede meteorológica constituída atualmente por 17 Estações e 350 pluviômetros instalados na região de cobertura da Cooxupé.

Por se tratar de importante ferramenta de monitoramento, a expansão da rede meteorológica segue acelerada. Até o final do ano haverá a instalação de mais 60 estações meteorológicas. Em 2023, outras 30 entrarão em operação.

Este grande número de estações, além de permitir o monitoramento preciso das condições meteorológicas possibilitará, também, o monitoramento da evolução de algumas doenças que causam grandes prejuízos à cafeicultura.

“O objetivo é que a partir do ano que vem tenhamos uma grande rede estações com monitoramento em tempo real, cujos dados apoiem os nossos profissionais de campo em levar orientações mais assertivas aos nossos cooperados”.

Fórum do Café e Clima

O 4º Fórum do Café e Clima da Cooxupé, que ocorre no dia 27 de setembro, vai contar, ainda, com a participação de outros dois especialistas no assunto.

O fisiologista vegetal Cláudio Pagotto Ronchi irá explicar sobre os impactos dos eventos climáticos nos cafeeiros. Cláudio possui doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde atua como docente.

Por fim, a programação vai receber o Engenheiro Agrônomo e Agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, que é sócio fundador da Rural Clima, uma consultoria especializada em serviços de previsão meteorológica, com foco no agronegócio. O convidado irá, portanto, abordar as previsões climáticas para a safra de café 2023.

O 4º Fórum do Café e Clima ocorre na matriz da Cooxupé, em Guaxupé (MG), com início a partir das 14h. No entanto, também haverá transmissão pelo HUB do Café.

Fonte: HUB do Café