Uso de defensivo por hectare recuou nas últimas décadas

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Ao longo das últimas décadas, a indústria de defensivos registrou uma evolução em seus produtos. Não apenas o volume das doses aplicadas sobre um hectare de lavoura ficou menor, como a toxicidade desses produtos diminuiu.

Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) mostram que, nos anos 60, o Brasil usava, em média, 2,1 quilos de herbicida por hectare. Nesse mesmo período, os produtores usavam, em média, 1,4 quilo de fungicida e 1,1 quilo de inseticida. Quarenta anos depois, o uso médio de herbicida caiu para 242 gramas, de fungicida, para 185 gramas e de inseticidas, para 69,75 gramas por hectare.

"No começo, o objetivo da indústria era criar um produto que fosse eficiente contra o maior número possível de pragas e tivesse o efeito residual o mais longo possível para diminuir o número de aplicações", diz José Roberto Da Ros, presidente do Sindag. Com o passar do tempo, a legislação dos países evoluiu e o mercado passou a exigir produtos mais especializados. "Dessa forma, o efeito do produto seria só sobre determinada praga, sem interferir no desenvolvimento de insetos, por exemplo, que não fazem mal à lavoura", diz.

As mudanças tiveram um custo para as indústrias. Da Ros conta que para se chegar a um novo produto, nos anos 60, eram necessárias 10 mil moléculas e até oito anos. Hoje, 200 mil moléculas e ao menos 10 anos de investimentos. "O consumidor ficou cada vez mais influente e fez com que as empresas passassem a ter como meta o desenvolvimento de produtos com mínimo impacto no ambiente e máxima produtividade das lavouras", diz Da Ros.

Fonte: Valor Econômico

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