Sul de Minas terá projeto integrado de difusão e transferência de tecnologias cafeeiras

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A difusão e a transferência de tecnologias continuam como um desafio que exige a participação de todos os setores do sistema agroindustrial do café. Especificamente para a cafeicultura do Sul de Minas Gerais, projeto aprovado pelo Consórcio de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D), cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, prevê o desenvolvimento e avaliação de ferramentas de comunicação rural que cheguem efetivamente ao público de referência. Para isto, as instituições que participam do projeto: Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) – coordenadora, Universidade Federal de Lavras (UFLA), Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Emater/MG, apostam na integração entre modelos de divulgação em eventos presenciais, aliado a divulgação por meio de mídia de massa (rádio e TV) e por meio de redes sociais (Peabirus).

A ideia é evitar que o conhecimento permaneça restrito aos departamentos acadêmicos ou institutos científicos, diminuindo a distância entre ensino, pesquisa e extensão. O projeto propõe o emprego integrado e articulado das distintas ferramentas de comunicação, com o objetivo de estabelecer canais de comunicação com os cafeicultores, que servirão tanto para a ampliação da difusão e transferência da tecnologia gerada pela academia, como para orientar novos projetos de pesquisa alinhados às prospecção de demandas.

Um exemplo desta articulação é que um dia de campo organizado pela Epamig poderá ser divulgado nos canais de comunicação parceiros do projeto, como a TV UFLA, a Rádio UFLA, a Comunidade Manejo do Peabirus e o blog do Polo de Excelência do Café (PEC/Café). O conteúdo publicado em qualquer desses veículos poderá ser retransmitido de modo a atingir um público maior, aproveitando as estruturas e processos de comunicação já existentes. Nesse contexto, os diferentes tipos de mídia constituem importante instrumento de divulgação das tecnologias, contribuindo para a popularização da ciência de forma dialógica.

A diferença é que o conteúdo é articulado de forma a divulgar e transferir as tecnologias que forem relevantes para o setor, sendo periodicamente prospectada novas demandas e redirecionada as ações para sua maior eficiência. Está previsto no projeto o acompanhamento de ações de difusão e transferência de tecnologia para avaliação de seu impacto, durante os quatro anos em que o projeto será desenvolvido. Espera-se, ao final deste período, apontar quais são os modelos mais adequados para fazer chegar novas tecnologias ao campo.

De acordo com Rubens José Guimarães, professor de cafeicultura da UFLA e coordenador técnico do PEC/Café, este projeto vai ao encontro da proposta de integração entre instituições e competências para a resolução de gargalos enfrentados pelo setor cafeeiro. Ele ressalta a importância de projetos colaborativos que promovam a aproximação entre academia, o setor de extensão e o setor produtivo. “A comunicação integrada será uma ponte importante neste processo”, avalia.

Fonte: Polo de Excelência do Café

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