Sul de MG: produtores pretendem reduzir custos e ampliar negócios

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Produtores de cafés especiais da região de Santo Antônio do Amparo, Sul de Minas Gerais, se uniram para reduzir os custos de produção e ampliar as oportunidades de vendas para o mercado interno e externo. Com o apoio do Sebrae-MG, os cafeicultores criaram uma Central de Negócios, por meio da qual rateiam despesas na contratação de consultorias para padronizar a produção,  comprar insumos e desenvolver projetos que beneficiam as comunidades locais.

Os cafeicultores integram a Cooperativa dos Produtores de Cafés Especiais de Santo Antônio Estate Coffee (Sancoffee). São 14 produtores das cidades de Santo Antônio do Amparo, Bom Sucesso, Carmo da Mata, Ibituruna, Campo Belo e Candeias.

A produção do grupo é focada em cafés especiais, um grão mais nobre da espécie arábica. Este tipo de café, mais doce e com aroma diferenciado, é muito demandando pelo mercado internacional.  A região de Santo Antônio do Amparo exporta entre 180 e 200 mil sacas de 60kg de café in natura por ano, principalmente para Japão, Coréia do Sul, Inglaterra, Suíça, Itália e EUA.

Apesar do mercado internacional pagar cerca de 10% a mais pelo produto, os produtores estão expandindo os negócios e investindo na comercialização para clientes brasileiros. Com a criação da Central de Negócios, a venda para compradores nacionais, principalmente para São Paulo, dobrou. A intenção agora é vender o café já torrado e embalado, com a marca de supermercados ou redes do setor.

“O foco do grupo era a exportação, mas com a formação da Central e o apoio de um consultor contratado pelo Sebrae-MG, os produtores perceberam a existência de um mercado interno que demanda cada vez mais cafés finos, de qualidade e diferenciados”, afirma o técnico do Sebrae-MG, Thales Marden.

Outro ganho conjunto foi a redução de 8% na compra de adubo, peneiras, ferramentas e equipamentos para a lavoura. Já na compra de diesel, os produtores conseguiram economizar 17% por meio de um acordo com uma distribuidora do combustível. “Agora queremos realizar compras conjuntas de serviços, como contratação de mão de obra, médicos, contadores e advogados”, conta o gerente da Central de Negócios Sancoffee, Ricardo Cardoso de Andrade.

Para padronizar ainda mais o produto, 15 cafeicultores participam do projeto Educampo. Criado pelo Sebrae-MG, a iniciativa oferece consultorias gerenciais e tecnológicas focadas na qualidade, rentabilidade e produtividade da fazenda, desde a escolha do adubo ao armazenamento do café. Para o diretor da fazenda São Paulo, Gilmar Rodrigues, o projeto ajuda no planejamento das despesas, ponto crítico do negócio, e dos investimentos.

O Sebrae-MG também promove visitas técnicas a feiras, para que o  grupo  conheça novidades e o funcionamento de trades do setor.

Responsabilidade social – Mais conscientes, os produtores também estão investindo em ações sociais para melhorar a qualidade de vida das comunidades em torno da Central de Negócios.

Na Fazenda Vila Boa, em Campos, distrito de Carmo da Mata, a produtora Mônica Borges de Sousa não poupa esforços. Ela cedeu um espaço para 15 mulheres da comunidade aprenderem a costurar. A produtora interage com a associação de moradores para conhecer os problemas e contribuir com propostas de melhoria.

Mônica também está buscando parcerias com entidades públicas e privadas para a criação de um projeto de inclusão digital para crianças. “A comunidade nos ajuda o tempo todo, nada mais justo que retribuir”, conclui Mônica.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sebrae-MG

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