Simpósio debate requisitos para qualidade do café

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São muitas as questões envolvidas para garantir a qualidade do café ao longo da cadeia de produção. Para falar sobre esse tema será realizado o Painel de Discussão “Qualidade – aspectos envolvidos” durante o VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, que será realizado de 22 a 25 de agosto, em Araxá-MG. O evento tem o objetivo de avaliar os rumos da pesquisa em café e prospectar demandas. As inscrições estão abertas. Para mais informações, acesse http://www.simposiocafe.sapc.embrapa.br/.

Para o painel foram convidados os pesquisadores Juarez Souza e Silva, da Universidade Federal de Viçosa – UFV, e Terezinha de Jesus Salva, do Instituto Agronômico – IAC, e o presidente da torrefadora Café Bom Dia, Sidney Marques de Paiva. Juarez vai abordar o ponto de vista do processamento apresentando as tecnologias de pós-colheita já existentes que garantem uma infraestrutura mínima de qualidade para a produção, desenvolvidas graças ao arranjo institucional promovido pelo Consórcio Pesquisa Café, do qual a UFV faz parte. Já a pesquisadora do IAC, instituição também participante do Consórcio, vai falar sobre a relação entre a composição química do grão de café e a qualidade da bebida. O representante da torrefadora vai destacar a importância do processo industrial na manutenção da qualidade do produto final.

Em trabalho conjunto com outras instituições, o Departamento de Engenharia Agrícola da UFV vem buscando alternativas tecnológicas para oferecer, a custos compatíveis, infraestrutura mínima de qualidade para que, independentemente das condições climáticas, a cafeicultura possa produzir um melhor café. Essa infraestrutura prevê a condução correta da lavoura, além de processos de preparo, secagem e armazenagem fundamentais para a manutenção da qualidade do produto após a colheita. “Desde que possua essa infraestrutura adequada, é durante a colheita e nas operações subseqüentes que a cafeicultura pode fazer a diferença na produção de café de qualidade. Se obtiver financiamento de colheita, o cafeicultor pode optar pela colheita seletiva que, além de fornecer lotes de primeira qualidade, não danifica o cafezal e manterá uma excelente produtividade média durante o período produtivo”, explica Juarez.

O pesquisador ressalta que o café é um dos poucos produtos cujo valor cresce com o nível de qualidade, ou seja, quanto melhor a aparência, a sanidade e a qualidade da bebida, maiores serão os preços pagos pelo produto. “A busca por produção com qualidade e os melhores meios de comercialização devem ser as principais metas da cafeicultura. Com programas de transferência e difusão de tecnologias e política justa para financiamento da infraestrutura de pós-colheita, com juros e tempo compatíveis com a atividade, a cafeicultura será a responsável por maior distribuição de renda, geração de emprego e manutenção do homem no campo”, completa.

Fonte: Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café

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