Renda é prioridade para o Mapa

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Mendes Ribeiro Filho completa quatro meses no comando do Ministério da Agricultura. Segundo ele, neste período, muitos desafios foram vencidos. O aperfeiçoamento de instrumentos na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – alvo de denúncias de corrupção que resultaram na queda do ex-ministro Wagner Rossi – é um deles.

Defensor da cadeia orizícola enquanto deputado, agora Mendes acredita que o setor deve buscar autonomia e depender menos dos mecanismos de comercialização e outros apoios governamentais nos próximos anos. Além de demonstrar otimismo com a aprovação do Novo Código Florestal em março, Mendes Ribeiro adiantou que a região Sul terá uma coordenação para supervisionar as superintendências locais do ministério.

Correio do Povo – Em quatro meses de gestão, quais foram as principais medidas adotadas e os projetos encaminhados?

Mendes Ribeiro Filho – Muitos desafios foram vencidos, como a projeção de novas políticas na Embrapa e o aperfeiçoamento de instrumentos na Conab.

CP – O que será prioridade para o Mapa em 2012?

Mendes – A comercialização, a sanidade, a regionalização do Programa ABC e a garantia de renda e produção ao produtor.

CP – No que diz respeito à renda, como isso será feito?

Mendes – Temos que garantir preço mínimo, pagando a diferença entre este valor e o preço de mercado.

CP – Isso significa que haverá maior aporte de recursos para mecanismos de comercialização?

Mendes – No caso do arroz, não vou fazer isso todos os anos, pois a cadeia tem que gerar soluções. O ministério tem que estender a mão e eu, como ministro, estou tentando sempre apoiar antes. Essa é a orientação que eu dou para a equipe. Agora, vamos combinar o seguinte, o setor tem que resolver os seus problemas.

CP – O concurso para regionalizar a supervisão do Mapa deve sair no primeiro semestre?

Mendes – Sim. Na região Sul, terei uma coordenação, que vai supervisionar a ação das superintendências. Será um cargo técnico e, para assumí-lo, terá que ser submetido a curso e aula sobre sanidade e política agrícola.

CP – O Plano Safra para as culturas de inverno sairá do papel neste ano?

Mendes – Estamos trabalhando e, oportunamente, falaremos sobre isso.

CP – Qual a expectativa quanto à votação do Novo Código Florestal?

Mendes – O Código Florestal será votado em março. O relator (deputado Paulo Piau) é um homem de bom senso, que tem experiência tanto na questão ambiental como na agrícola.

CP – A verba para seguro agrícola deve ser ampliada?

Mendes – Quero dar ao seguro agrícola a mesma prioridade que demos neste ano. Meu trabalho é continuar assegurando recursos.

CP – Qual será a marca da sua gestão à frente do ministério?

Mendes – A agricultura. Valorizar o agricultor, agregar valor à produção e mostrar ao produtor que o Ministério da Agricultura está ao seu lado.

Fonte: Correio do Povo

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