Professor Araripe recomenda que produtor invista em qualidade

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O consultor da Valorização Empresa de Café, Luiz Otávio Araripe, proferiu palestra, na sexta-feira, dia 8, na Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), como parte da programação do Circuito Mineiro de Cafeicultura 2011. 

Araripe falou sobre o tema “Valorização e Perspectivas para o Mercado de Café S/A”. Em entrevista exclusiva ao Coffee Break, enviou um recado aos produtores de café: “faça um café com mais qualidade, mais qualidade e mais qualidade”. 

O analista disse que “as perspectivas é a de que os bons preços do café devam continuar por mais três a cinco anos e com rentabilidade para quem produz café de qualidade, por isso, dou esse conselho”. 

Para Araripe, “o produtor deve se esforçar, cada vez mais, a qualquer limite, para fazer café com mais qualidade. Olhando o mercado, percebemos que os cafés de bebida fina estão quase o dobro de preço dos cafés de bebida fraca”, exemplificou. 

Segundo o analista, com o preço atual do café, isso representa cerca de R$ 250,00 a mais por saca, ou seja, “o mercado está dizendo para o produtor que o mundo precisa de um café fino”. 

Ele também disse que há uma escassez geral de café, mas a maior falta é de cafés finos e que “o grande impulsionador de demanda são mercados consumidores em busca de uma qualidade cada vez maior”. 

O consultor acredita que mesmo o pequeno e o médio produtores podem buscar essa qualidade a mais e, com ela, sair do “sufoco” imposto por mais de uma década sem rendimento. “Atualmente, esse produtor pode contar com cooperativas e instituições do setor muito bem estruturadas para auxiliá-lo e não é tão difícil produzir com qualidade, principalmente na região do sul de Minas e cerrado”, ponderou. 

Luiz Otávio Araripe finalizou dizendo que o Brasil produz o café de maior qualidade do mundo. “Eu não sou o único que diz isso, é consenso entre os analistas. Precisamos que o produtor capriche muito, mesmo que seja necessário gastar um pouco mais em seus custos de produção, porque compensa, pois o mercado está pagando e vai continuar a pagar”, concluiu.

Fonte: Coffee Break

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