Previsão da safra de café e a realidade das lavouras

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A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), em seu segundo levantamento da safra brasileira de café 2011, apontou que a produção do cerrado mineiro deverá ficar em 4,345 milhões de sacas de 60 quilos, com queda de 23,1% sobre a safra 2010, indicada na região em 5,652 milhões de sacas.

Para o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, o número é "justo", dentro da realidade, refletindo o ciclo bienal da cultura, que neste ano é de menor carga produtiva.

Ele também concorda que a safra nacional deva ficar em torno das 43,5 milhões de sacas estimadas pela Conab, com recuo de 9,5% sobre 2010 (48,094 milhões de sacas).

O clima neste ano de 2011 está excelente para a safra, segundo Francisco de Assis. O "medo" agora é da chuva, neste período que já é de colheita.

Recentemente houve boas precipitações, mas daqui por diante as precipitações podem prejudicar os trabalhos e o rendimento. No cerrado mineiro, a colheita está numa fase muito inicial, tendo começado praticamente essa semana e não passando de 1%, segundo o dirigente. "A maturação está adiantada nas regiões mais baixas e só nas de altitude mais elevada que o café está mais verde", comentou Francisco.

Para o cafeicultor Wilson José de Oliveira, que produz café em Patrocínio, no cerrado mineiro, entretanto, a safra na região não chega nem a 3,4 milhões de sacas. "A safra esse ano é de carga muito baixa, é uma catação", afirma. Ele indica que o produtor vai ter mais resultados nos cafés novos, porque nos demais a safra será bem modesta. Wilson de Oliveira, ex-vice-presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, diz ainda que a safra brasileira não terá como atingir também a previsão da Conab, de 43,5 milhões de sacas.

Para Arnaldo Reis Caldeira Júnior, leitor do CaféPoint e produtor de café em Carmos da Cachoeira/MG, "a safra não passa dos 38 milhões de sacas, sendo otimista, muito otimista", comenta ele.

Fonte: CaféPoint

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