Preocupação com oferta sustenta preços do café

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Preços do café arábica sobem nesta quarta-feira (20), apresentando a segunda forte alta da semana na ICE Futures U.S. BM&FBovespa e mercado físico.

Em Nova York, o primeiro vencimento dezembro/10, teve forte valorização de 585 pontos, fechando a 196,75 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos para março/11 terminaram o pregão a 198,35 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 560 pontos.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.

O clima adverso em importantes países produtores pode limitar a oferta global do produto, e é isso puxou as cotações pra cima no dia de ontem. O Vietnã é o maior produtor mundial de café do tipo robusta e vem registrando chuvas que ameaçam atrasar a colheita e, em consequência, as exportações. Essa incerteza sobre a oferta disponível fez o robusta se valorizar 6,0% na Bolsa de Londres e puxar também a cotação do café arábica – de melhor qualidade – negociado em Nova York.

Outro fator relacionado à oferta que ajudou a sustentar o preço do grão é a previsão de que a safra da Colômbia será menor do que se esperava. México e Indonésia também têm clima desfavorável atualmente.

O Brasil está como único vendedor, no momento em que o câmbio não favorece a venda pelo produtor brasileiro. "Com esse dólar, o cafeicultor do Brasil está mais comedido para negociar sua produção", comenta Rodrigo Costa, da New Edge.

O dólar caiu ontem e voltou a ser importante influência no comportamento do café e de outras commodities. A moeda norte americana foi cotada a R$ 1,6727, com queda de 0,79%.

A BM&FBovespa acompanhou Nova York e encerrou o pregão com forte alta. O primeiro vencimento, dezembro/10, registrou valorização de US$ 7,00, fechando a US$ 230,05 a saca. Os contratos com vencimento março/11 registraram alta de US$ 7,20, fechando a US$ 232,70 a saca.

Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café

No mercado físico a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 334,46, com forte valorização de R$ 3,75, segundo o indicador Cepea/Esalq. No acumulado do mês a valorização é de R$ 14,16/saca.

As valorizações dos últimos dias motivaram produtores a venderem suas sacas. Segundo Edson Koshiba, da Pleno Corretora, no Cerrado Mineiro, a saca do café tipo 6 bebida dura para melhor foi vendida a R$ 350,00, preço recorde para a região.

Além disso, o ritmo de comercialização nas cooperativas está acelerado. A média diária de vendas da cooperativa de Varginha, no sul de Minas Gerais, está 68% acima da registrada no mesmo período do ano passado.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado de café, informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Gráfico 2. Indicador Cepea/Esalq – arábica

Tabela 2. Principais Indicadores e cotação do Dólar

Fonte: CafePoint

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