Porto Seco de Varginha registra queda de 95% na exportação de café

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Nos dois primeiros meses deste ano, foi registrada uma queda recorde de cerca de 95% nas exportações de café no porto seco de Varginha (MG), em relação ao mesmo período do ano passado.

Uma das razões apontadas pelos exportadores seria a greve da Receita Federal no ano passado, que obrigou os produtores a mandar suas mercadorias para outros portos.

Até o ano passado, grande parte do café produzido no Sul de Minas e mandado pra fora do país, passava pela estação aduaneira de Varginha para liberação da documentação da carga antes de seguir seu destino.

Em janeiro e fevereiro de 2012, o volume de exportações atingiu quase 125 mil sacas (124.972). No mesmo período deste ano, foram despachadas pouco mais de 4,7 mil sacas (4.745) do produto, uma queda de mais de 90%.

A paralisação da Receita Federal, apontada como um dos motivos da queda, durou seis meses e o trâmite aduaneiro passou a ser feito longe de Varginha. Depois da greve dos auditores fiscais, os exportadores passaram a enviar suas mercadorias para o porto de Santos (SP), onde o atendimento acontece 24 horas por dia e onde a liberação da carga é mais ágil.

Em uma transportadora da cidade, a gerente confirma que os clientes mudaram a logística de exportação. "Eles têm feito todos os trâmites na região portuária, já no posto da Receita Federal de lá", conta Viviane Maselli Spinola.

O gerente de outra empresa, Archimedes Coli Neto, que manda para fora do país R$ 1,5 milhão de sacas de café por ano, diz que desde o ano passado diminuiu o volume de cargas enviadas para porto seco de Varginha. Ele reclama da demora do processo burocrático e do horário de funcionamento da estação aduaneira, considerado pequeno por ele.

Segundo ele, após a greve, o porto seco diminuiu o horário de atendimento e em outros portos, com a estrutura montada para este tipo de atendimento, os produtores não encontram este tipo de problema.

No Porto Seco, os caminhoneiros que precisam da liberação da carga pra seguir viagem, reclamam ainda da demora no atendimento. "Uma parada aqui atrasa a viagem, e não precisando parar aqui, a gente já chega mais rápido no porto", declarou o caminhoneiro Saulo Scotini.

Com relação ao horário de funcionamento do porto seco, o delegado da Receita Federal de Varginha, Ricardo de Souza Martins, disse que só seria possível uma mudança, se houvesse aumento nas exportações de café pelo porto seco.

Fonte: G1 Sul de Minas

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