Porto de Santos responde por 84,5% dos embarques de café

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Os embarques de café pelo Porto de Santos somaram 7,39 milhões de sacas de 60 quilos do produto nos três primeiros meses deste ano. Houve uma pequena queda de 0,73% no volume escoado pelo complexo, na comparação com as operações do primeiro trimestre de 2015, quando 7,44 milhões de sacas foram exportadas. No entanto, a participação do cais santista no escoamento da commodity passou de 83,4%, no ano passado, para 84,5% neste ano.

Os dados fazem parte do balanço mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Além do aumento da participação do Porto de Santos, o levantamento aponta o incremento das operações de café nos portos do Rio de Janeiro, onde mais de 1 milhão de sacas foi embarcada (11,8% do total nacional), e de Paranaguá, com mais de 70 mil sacas (0,8%).

O estudo aponta ainda que as exportações brasileiras de café atingiram cerca de 3 milhões de sacas no mês de março de 2016. Este volume é 2,5% superior ao registrado no mês anterior. Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, mais de 36,7 milhões de sacas de café brasileiro foram exportadas.

“O mercado trabalhava com a expectativa de que o Brasil teria uma redução de exportações neste período, o que não ocorreu devido aos bons níveis de estoques existentes. Assim, nosso desempenho ficou acima do esperado, muito próximo às 3 milhões de sacas”, aponta o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Terminais do Porto de Santos exportaram 7,39 milhões de sacas de 60 quilos de café de janeiro a março (Foto: Carlos Nogueira)

De acordo com o relatório, no ano safra, que vai de julho do ano passado até março deste ano, já são mais de 27,9 milhões de sacas, indicando um incremento de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento é puxado pelas exportações do café arábica e solúvel, que tiveram um aumento de 5,1% e 5,6%, respectivamente.

“O importante é que precisaremos produzir no total cerca de 58 milhões de sacas nesta próxima safra para atender as demandas para exportação e consumo interno”, destacou o presidente do Cecafé.

Entre os cafés diferenciados, já são 1,8 milhões de sacas no acumulado do ano, 20,8% do volume total de cafés. Isto mostra que há um contínuo interesse do público nos produtos com algum tipo de certificação, como as de origem, os gourmets, os orgânicos ou mesmo com diferenciais em termos de sustentabilidade, condições socioambientais, processamento e beneficiamento.

Destinos

Outro destaque do relatório é a ascensão do consumo do café nacional em países que também são produtores, refletindo positivamente na comercialização para estes locais. “Uma das surpresas é o avanço das exportações brasileiras para os próprios concorrentes, que têm tido um crescimento percentual vertiginoso”, afirmou Carvalhaes.

De janeiro a março, o Brasil já exportou café para 27 países produtores que consomem o grão brasileiro. Na América Latina, os embarques a partir do Brasil no primeiro trimestre foram maiores para o Equador, com 25,3 mil sacas, um aumento de 415%, o Peru, com 11,5 mil sacas e crescimento de 216%, e a Colômbia, com 9,3 mil sacas e incremento de 162%,

Já para o Quênia, 4,8 mil sacas foram exportadas, um crescimento de 353%, enquanto para El Salvador foram escoadas 4,9 mil sacas, 342% acima do primeiro trimestre do ano passado. No México, o crescimento foi de 17,6%, com 119,3 mil sacas comercializadas. Esses seis países representam 53% das exportações do Brasil para concorrentes.

Nas nações emergentes, onde a taxa média de crescimento do consumo é estimada em 4,9% ao ano, as vendas da bebida preparada com os grãos cultivados no Brasil também registraram volumes maiores. No acumulado do ano, o Leste Europeu consumiu 20% mais café brasileiro, com destaque para Hungria (44,8%), Romênia (44,5%), Rússia (29%) e Ucrânia (14,5%), que, juntos, já representam 83% da demanda do café brasileiro na região.

Na Oceania, a Austrália recebeu no período 64,4 mil sacas, um aumento de 23,5%, representando 87,4% do consumo na região. O destaque final apontado pelo relatório fica com a Ásia. Turquia e Coreia do Sul também apresentaram aumento de consumo de café do Brasil (de 8,4% e 8,8%, respectivamente).

Fonte: A Tribuna

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