OIC prevê déficit mundial de 4 a 5 mi/sacas de arábica por seca no Brasil

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A Organização Internacional do Café (OIC) fez hoje um diagnóstico pessimista sobre as perspectivas do mercado global do produto. A entidade entende que a seca que afeta as principais regiões produtoras do Brasil deverá reduzir a produção brasileira e fará com que o planeta tenha déficit na oferta de café na atual safra 2014/2015 e também na futura safra 2015/16.

Após uma semana do seminário que reuniu os principais produtores de café na capital britânica, a entidade que representa o setor divulgou estimativa de que o mercado mundial teve registrar déficit entre 4 milhões e 5 milhões de sacas de café arábica – o mais produzido pelo Brasil – na atual safra que está na fase final de colheita. A oferta inferior à demanda também deve se repetir na safra 2015/16, mas a entidade não deu detalhes sobre o prognóstico.

A queda na oferta, diz a Organização, é resultado da forte seca que afeta o Centro-Sul brasileiro. "Foram dois anos de muita seca no Brasil, o que reduziu a produção do café, especialmente do tipo arábica", disse o chefe de Operações da OIC, Maurício Galindo (foto: Flickr OIC), em entrevista à imprensa na sede da entidade em Londres.

Segundo Galindo, o fenômeno climático prejudicou especialmente Minas Gerais, maior produtor de café arábica do País. "Isso mudou as condições do mercado, que passou a ter déficit na oferta", disse. A OIC espera que o Brasil encerre a atual safra com 45,14 milhões de sacas produzidas, volume 8,2% inferior ao registrado na safra 2013/14. A referência da entidade são os números já apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fonte: Agência Estado (Fernando Nakagawa)

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