Melhoramento genético do café visa aumento na qualidade da bebida

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O melhoramento genético de variedades mais resistentes de café foi tema de uma palestra realizada durante a 15a. Edição da Fenicafé, em Araguari, no Triangulo Mineiro. O assunto foi debatido pelo Dr. Gerson Silva Giomo, pesquisador cientifico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Giomo apresentou pesquisas realizadas pelo instituto com o objetivo de identificar os genes de resistência a pragas que atacam as folhas do café, principalmente, nas regiões do Cerrado Mineiro. “Os estudos desses genes são de interesse agronômico e a meta é identificar na planta o pedaço de DNA que controla a característica desejada, seja para a resistência a pragas ou para o aumento de produtividade e da qualidade”, esclarece o pesquisador.

O bicho-mineiro, por exemplo, é uma praga que afeta as duas principais variedades plantadas no país: Coffea arabica, conhecido como arábica, destinado ao mercado de café moído e torrado e que representa cerca de 70% da lavoura; e Coffea canephora, ou robusta, usado pela indústria do solúvel em 30% da área plantada. Segundo o pesquisador, o desembolso com defensivos e todo controle fitossanitário para combater a praga absorve R$ 12 do custo por saca. “O desenvolvimento de uma variedade resistente significaria uma economia de grande impacto para a atividade cafeeira”, diz.

Qualidade

Outro fator que se pode destacar no melhoramento genético é o aumento na qualidade da bebida. “O consumidor está cada vez mais exigente e o mercado de cafés especiais aumenta a cada dia. O que o mercado procura são bebidas exóticas e saborosas. Não há dúvida de que cafés de diferentes cultivares apresentam sabor e aroma distintos, mesmo quando cultivados nas mesmas condições”, avalia o pesquisador, dizendo que a qualidade de bebida é um dos aspectos de maior relevância na composição do preço.

Gerson afirma que o pequeno produtor também pode ter acesso a essa linhagem de sementes melhoradas geneticamente. “Todas as instituições de pesquisa que trabalham com o cafeeiro no Brasil possui um sistema de produção de sementes certificadas, portanto à medida que se faça a desova destes materiais, podem ser disponibilizados para a comercialização e ai qualquer produtor poderá ter acesso a este produto. À medida que nossos produtos são colocados no mercado, os produtores de sementes e mudas, eles já inserem isto no sistema de produção. É bom deixar claro, que o que foi dito durante a Fenicafé, com relação a qualidade de bebida e melhoramentos, são trabalhos que demoram muito tempo para aparecer, porque o melhoramento clássico do cafeeiro demora pelo menos 20 a 30 anos de seleção para chegar de fato um material passível de recomendação”

Fenicafé
Promovido pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) – Café do Cerrado Brasil, a Fenicafé conta com o apoio da Embrapa/Café – Prefeitura Municipal de Araguari e Sebrae/MG. O Fenicafé acontece até o dia 26 de março no Pica-pau Country Clube, em Araguari.

* Lilian Rodrigues

Fonte: Asscom Fenicafé

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