Illycaffè tenta antecipar compras em ano de baixa qualidade de café

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Conseguir produzir café de qualidade nesta safra não vai ser tarefa fácil, mesmo com o uso das mais avançadas técnicas de produção. O Produtor está enfrentando uma safra com várias floradas, e as lavouras se encontram com grãos de café em todos os estágios de maturação de secos a chumbinhos.

No Sul de Minas na região de Boa Esperança o cafeicultor Gustavo Barbosa iniciou a colheita antecipada, “ao ver os grãos cereja eu me entusiasmei, mas o café que encaminhei para ser beneficiado deu 40% de grãos verdes e ardidos, vou parar e esperar”, lamente Gustavo. Segundo técnicos consultados, as lavouras do Sul de Minas só atingirão o estagio ideal de colheita no meio do ano. “Mesmo caindo os frutos do ponteiro, o ideal vai ser o cafeicultor esperar,” sentencia o produtor Eduardo Vilela.

Em entrevista recente a Agência Estado o presidente da torrefadora italiana illycaffè, Andrea Illy, reconheceu que as mudanças climáticas já provocam impacto na produção de café no mundo. E de acordo com ele, são diversos os efeitos, como fermentação dos grãos maduros (cereja), causada pelas altas temperaturas. "Há 15 anos era mais fácil encontrar cafés de qualidade. Hoje é difícil", comenta.

A diretora internacional da empresa Anna Illy, o diretor de compras da empresa Nelson Carvalhaes, e a cúpula da Universidade do café do Brasil, estarão pelos próximos dias visitando cerca de 40 fazendas e percorrendo as regiões cafeeiras de onde compram café ministrando o “Seminário: Como preparar o café para a illy?”. As visitas começaram no último dia 13 de abril.

Segundo informações colhidas junto a produtores, em uma estratégia inédita a torrefadora italiana illycaffè vem enviado para residência dos produtores, cartas onde já tenta garantir que os produtores se comprometam a entregar certa quantidade de sacas para empresa.

Um produtor que pediu para não ser identificado e não quis revelar o que foi ofertado por saca, mas adiantou que no valor não mudou muito do que a illycaffè pagou no ano passado, que ficou em 350,00 reais a saca de 60 kilos do café verde no padrão Porto de Santos / illy.

Fonte: News Cafeicultura

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