IBGE estima safra nacional café para 2010 em 45,7 milhões de sacas

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Produção Agrícola 2010 – estimativa de junho em relação à safra 2009 o café em grão apresenta variação positiva de (12,7%), na estimativa de produção em relação ao ano anterior.
CAFÉ (em grão) – A safra nacional café para 2010, de acordo com o levantamento realizado em junho 2010, está estimada em 2.742.380 t, ou 45,7 milhões de sacas. Em relação a maio este número representa um decréscimo de apenas 0,1%. A área total ocupada com a cultura de café totaliza agora, 2.360.099 ha. A área destinada à colheita em 2010 é de 2.143.389 ha. Tanto a área total como a destinada à colheita não apresentam variações significativas em relação à estimativa de maio. O decréscimo na produção nacional em relação ao mês passado, de 0,1%, e do rendimento médio, que cai 0,2%, podem ser creditados ao estado de Minas Gerais, maior produtor nacional, onde problemas observados em meses anteriores, como altas temperaturas na Zona da Mata e excesso de número de floradas no sul do Estado, causaram prejuízos à lavoura cafeeira. A maturação irregular está afetando o rendimento no beneficiamento, com grande incidência de grãos verdes e mal formados.

O café, em plena colheita da safra 2010, tem sua produção nacional estimada em 2.742.380 t, ou 45,7 milhões de sacas de 60 kg do produto em grãos beneficiados, contra 40,5 milhões de sacas produzidas em 2009. O percentual de acréscimo da produção nacional em relação a 2009 é de 12,7%. A área destinada à colheita é de 2.143.389 ha. A área total ocupada com a cultura no País decresceu 0,2%, constatação verificada nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O rendimento médio esperado é 1.279
kg/ha, 12,2% maior que o obtido em 2009, bem característico para um ano de
“safra cheia”.

O acréscimo previsto na produção, em relação à safra colhida em 2009 (+12,7%), é consequência, principalmente, da particularidade que apresenta o café arábica, espécie predominante no País (70%), de alternar anos de altas e baixas produtividades. O café conilon, por ser mais rústico e cultivado em regiões baixas e quentes, cada vez mais é plantado sob irrigação, o que faz com que esta característica, já quase ausente na espécie, passe, quase sempre, despercebida.

As condições meteorológicas observadas em 2009 se manifestaram sob forma de chuvas constantes durante quase todo o ano, inclusive no inverno, causando, na primavera, um número incomum de floradas, principalmente em Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Este fenômeno, aliado a um período de altas temperaturas na Zona da Mata de Minas Gerais no início de 2010, terão suas consequências permanentemente avaliadas nos próximos levantamentos e embora já se tenha a certeza que os danos foram menores no sul de Minas Gerais do que se afirmava em meses anteriores, há prejuízos já constatados no beneficiamento, devidos ao alto
percentual de grãos verdes e mal formados, com maior incidência nas lavouras
mineiras.

Pesa negativamente a longa estiagem no sul do Espírito Santo, verificada no início do ano, justamente na época de enchimento dos grãos. Ressalta-se que cerca de 30% de toda a produção cafeeira do Estado é de café arábica, que foi o mais prejudicado pelos baixíssimos índices pluviométricos, embora o conilon também tenha sofrido com adversidades climáticas. Maiores detalhes sobre a safra capixaba do arábica e do conilon estarão disponíveis nos próximos meses. Está mantida a perspectiva de “safra cheia” para 2010.

Nota:
1 – Para as Unidades da Federação que, por força do calendário agrícola, ainda não dispõem das estimativas iniciais, os dados correspondem a uma projeção obtida a partir das informações de anos anteriores;

2 – A tabela compara, a cada mês, o valor da estimativa da safra no ano, com o valor mais fidedigno conhecido da safra do ano anterior.

Fonte: Revista Cafeicultura e IBGE – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

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