História do café no Brasil

O café no Brasil

Nos anos de 1790, dos 125 itens que o Brasil remetia para a metrópole, 75,3% se concentravam em apenas seis: açúcar, 35%; algodão, 24%; couro, 6%; arroz, 4%; fumo, 3,6%; e cacau, 2,7%. O sétimo produto, o café, correspondia a 1,8%.

Introdução do café no Brasil

A introdução do café no Brasil, dentre outras versões, é atribuída a Francisco de Melo Palheta. Sargento-mor da Coroa Portuguesa no Maranhão, que abrangia também a capitania do Pará. Há historiadores, como William Ukers, que defendem o café como planta nativa também do Brasil e acreditam que Palheta trouxe apenas mais café para o país.
Ele teria comprado o café em uma espécie de mercado paralelo da Guiana Francesa, já que era proibido no país o comércio de sementes e mudas do fruto para impedir que ele se propagasse, e teria plantado em suas terras. O reforço para essa idéia vem de uma carta escrita de próprio punho por ele em 1733 e endereçada ao rei de Portugal D. João V, em que solicita o emprego de cerca de 100 casais de índios escravos para suas lavouras de café e cacau. Porém, a data e a origem do café no país são temas de grande polêmica.

O café aparece em diversas pinturas de registros das expedições de vários estados. Em 1673, Duarte Ribeiro de Macedo, escritor, jurista, economista e embaixador de três reis portugueses na França (João IV, Afonso VI e Pedro II), escreveu o Discurso sobre os gêneros para o comércio que há no Maranhão. Na obra ele fala sobre 25 culturas daquela região e aponta o algodão, açúcar, tabaco, arroz e cacau como as de maior potencial de mercado. E explica: “Os cinco são os de maior utilidade, aos quais se segue o café, que, por ser muito pouco o seu cultivo, ainda é vendido por diminuto preço.”

Fonte: MOREIRA, Antônio Carlos. História do Café no Brasil . São Paulo: Panorama Rural; Magma Editora Cultural, 2007.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *